Resenha: Ladrões de Sonhos por Maggie Stiefvater

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Sinopse: Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan? Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.


Título: Ladrões de Sonhos - A Saga dos Corvos
Autor(a): Maggie Stiefvater
Páginas: 434
Editora: Verus
Avaliação: 4/5


Os Garotos Corvos foi uma grande surpresa do ano passado, tanto pelas características únicas da estória quanto por não estar esperando gostar tanto assim do livro. Então preciso confessar que estava esperando muito de Ladrões de Sonhos, com certeza estava esperando um livro tão espetacular quanto o outro, mas mesmo sendo uma continuação muito boa, não conseguiu superar seu antecessor.



Se tem uma coisa que eu amo sobre essa série é a sua estória bizarra - no bom sentido! -, eu amo como a Maggie Stiefvater criou algo tão e diferente de uma maneira que funciona já que, por mais inusitado que seja, ainda consegue se fazer sentir algo crível. Porém o meu maior problema com Ladrões de Sonhos é que eu fiquei muito mais perdida nesse livro do que no primeiro o que, para começar, não faz lá muito sentido já que eu já conhecia e já estava familiarizada com o universo do livro e seus personagens. Mas foi bem difícil começar o livro e demorei umas boas 120 páginas para realmente me envolver novamente com a estória. Mas tirando esse pequeno porém o livro se manteve em todas as minhas expectativas. 

Eu já esperava, pelo final de Os Garotos Corvos, que o Ronan seria o destaque desse segundo livro e, mesmo sentindo um pouco a falta de mais do Gansey e da Blue - meus preferidos -, eu não poderia ter gostado mais dessa decisão da autora. É verdade que todos os personagens desse livro, todos mesmo sem exceção, são super complexos, únicos e possuem muito material para serem explorados, mas desde o começo o Ronan foi uma incógnita e poder conhecer e entender melhor ele foi uma das coisas mais interessantes da leitura. 
Mas, como sempre, a Maggie Stiefvater consegue dar um pouco de destaque a cada um de seus personagens, fazendo de todos partes importantíssimas de seus livros. O Adam teve bastante destaque aqui, como também esperava, e já não sei como realmente me sinto sobre ele agora. Gostei bastante também de como tivemos um pouco mais da família da Blue - sempre interessante! - e do novo personagem, Homem Cinzento. E, claro, Gansey, Noah e Blue sempre meu preferidos. 

Fiquei com o sentimento de que o enredo avançou e não avançou ao mesmo tempo. Acho que esse segundo livro foi muito mais voltado a explorar os efeitos colaterais do primeiro livro - como o Ronan e o  Adam - do que para seguir com o desenvolvimento do conflito principal. Não considero isso uma característica negativa, mas espero que estória ande muito mais no próximo livro. 

E, é claro, não poderia deixar de comentar mais uma vez como a Maggie Stiefvater escreve de uma forma espetacular. Não só porque ela é repleta de passagens sensacionais, mas também como ela consegue dar extrema profundidade aos seus personagens, encher as páginas de sentimentos e dar uma visão que é ao mesmo tempo interna e externa á sua estória. Sério, é espetacular!

O livro pode ter sido um pouquinho menos do que eu esperava, mas Ladrões de Sonhos ainda é uma leitura incrível, que consegue acompanhar o nível altíssimo do primeiro e dar continuidade a essa estória maravilhosa. Não vejo a hora de ver onde tudo isso vai dar.
Todos nós temos segredos na vida. Nós o guardamos ou temos alguns guardados por nós, jogamos ou somos jogados. Segredos e baratas - é o que restará no fim de tudo. 
Talvez ela saísse para uma caminhada, apena ela e seu canivete de mola rosa. Eram um bom par. Ambos incapazes de se abrir sem machucar alguém. 
Mas esse era o truque, não era? Todo mundo tinha suas frustrações e sua bagagem, só que algumas pessoas as carregavam nos bolsos internos e não nas costas.

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