Resenha: Ligações por Rainbow Rowell
17:48Sinopse: Georgie Mccool sabe que seu casamento está estagnado. Tem sido assim por um bom tempo. Ela ainda ama seu marido, Neal, e ele também a ama, profundamente, mas o relacionamento entre eles parece estar em segundo plano a essa altura. Talvez sempre esteve em segundo plano. Dois dias antes da tão planejada viagem para passar o Natal com a família do marido em Omaha, Georgie diz a ele que não poderá ir, por conta de uma proposta de trabalho irrecusável. Ela sabia que ele ficaria chateado, Neal está sempre um pouco chateado com Georgie, mas não a ponto de fazer as malas e viajar sozinho com as crianças. Então, quando Neal e as filhas partem para o aeroporto, ela começa a se perguntar se finalmente conseguiu. Se finalmente arruinou tudo. Mas Georgie estava prestes a descobrir algo inacreditável: uma maneira de se comunicar com Neal no passado. Não se trata de uma viagem no tempo, não exatamente, mas ela sente como se isso fosse uma oportunidade única para consertar o seu casamento, antes mesmo de acontecer. Será que é isso mesmo o que ela deve fazer? Ou ambos estariam melhor se o seu casamento jamais tivesse acontecido?
Título: Ligações
Autor(a): Rainbow Rowell
Páginas: 304
Editora: Novo Século
Avaliação: 4/5
Não é novidade para ninguém que eu sou fã da Rainbow Rowell, Fangirl é um dos meus livros favoritos e sou apaixonada por Eleanor & Park. E mesmo que a minha outra experiência com a autora em um livro adulto, em Anexos, não tenha sido tão boa quanto as outras eu não poderia não ficar animada com Ligações. Mesmo que não conhecesse a autora só a sinopse super diferente e interessante já seria o suficiente para me deixar curiosa.
Uma da características mais interessantes dos livros da Rainbow Rowell é que ela trata de temas difíceis de uma maneira leve e despretensiosidade, mas sem nunca deixar de lado aquilo que escolheu abordar. Em Ligações nós temos Georgie que tem tudo o que poderia querer, um ótimo trabalho, filhas incríveis e o homem que ama, mas mesmo assim não consegue ser completamente feliz e está deixando a porta aberta para que o seu casamento acabe. E a Rainbow Rowell conseguiu encontrar uma maneira totalmente inusitada para tratar de uma situação tão comum tanto na vida real quanto na ficcional.
Ter um telefone que consegue falar telefonar para o passado é uma ideia mais do que interessante, mas também perigosa porque pode dar muito certo ou ser um completo desastre. E Ligações é o primeiro caso. Por mais que possa parecer estranho, a autora conseguiu incorporar isso na estória de uma maneira quase que natural e que faz todo o sentido! E eu gostei muito de como com as conversas no passado nós passamos a conhecer a estória da vida da Georgie e do Neal e entender o tamanho e a força do sentimento que os une.
Outro ponto muito positivo do livro são seus personagens. Eles são interessantes, possuem personalidades fortes e únicas e mesmo não sendo nada perfeitos conseguem fazem com que o leitor se simpatizem com eles. Desde da Georgie e do Neal até personagens menores, como a Heather, possuem uma importância para o desenvolvimento da estória e a marcam de formas diferentes.
E a narrativa continua sendo excelente, como em todos os outros livros da autora. A escrita é leve, fluída, mas cheia de sentimentos e significados, conseguindo prender completamente o leitor. Eu li o livro em quatro horas corridas, simplesmente não conseguia parar!
Ligações não é o meu livro preferido da autora, mas mesmo sem ser espetacular a Rainbow Rowell ainda é incrível. É uma leitura leve, divertida e muito fácil de se relacionar por conversar tão bem com uma situação tão cotidiana. Não tem como não recomendar!
Ligações não é o meu livro preferido da autora, mas mesmo sem ser espetacular a Rainbow Rowell ainda é incrível. É uma leitura leve, divertida e muito fácil de se relacionar por conversar tão bem com uma situação tão cotidiana. Não tem como não recomendar!
Georgie nunca imaginara que viveria tanto a ponto de falar sobre a vida em grandes nacos, décadas, desse jeito. Não que achasse que morreria antes – apenas nunca imaginara como seria a sensação. O peso das proporções. Vinte anos com o mesmo sonho. Dezessete com o mesmo homem.
– Se é o bastante. Como é que alguém pode saber se o amor é suficiente? É uma pergunta idiota. Tipo, se você se apaixona, se tem essa sorte, quem é você pra questionar se isso basta pra te fazer feliz?
0 comentários