Primeiras Impressões: Star Crossed
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Vocês me devem achar maluca por assistir todas - ou quase todas - séries da CW, mas o fato é que eu simplesmente não consigo fugir do meu guilty pleasure que são estórias jovem adultas, seja em livros, filmes ou séries. Sendo assim eu não tinha muitas expectativas sobre Star Crossed, mas assim que o episódio saiu eu fui correndo assistir e levando em consideração somente o piloto, posso dizer que fui completamente surpreendida pela série. Acho que acabei gostando mais até mesmo do que deveria.
Na série, a Terra acabou virando rota de fuga de uma raça de alienígenas que, logo na chegada, foram tratados como uma ameaça, acabando presos e isolados dos humanos. Passaram dez anos vivendo em uma cidade própria da sua espécie, controlados por regras rígidas e a presença constante de soldados, porém um projeto para a inserção dos alienígenas é colocada em prática. Um pequeno grupo de adolescente dessa espécie foi selecionado para estudar em um colégio normal e dar o pontapé inicial no relacionamento entre as duas raças, situação que não foi bem vista pela maioria dos humanos.
Nos acompanhamos a estória pelo ponto de vista de dois adolescentes, uma humana e um alienígena. Emery (Aimee Teegarden) é filha de um soldado e sofre com um doença que afeta seu sistema imunológico e por isso passou quatro anos em um hospital, somente agora vai poder voltar para a escola, justamente quando essa mudança tão drástica está a ponto de acontecer. Roman (Matt Lanter) é filho do líder de seu povo e como tal precisa se esforçar para se enturmar e fazer da política de integração um sucesso, porém essa não é uma tarefa nada fácil quando recebe insultos a todo momento.
Confesso que fiquei meio receosa com o fator alienígena da estória e como isso poderia ficar realmente bizarro. Sinto que foi nos mostrado muito pouco sobre a espécie deles nesse episódio porém, mesmo assim, eu gostei demais da maneira como essa parte do enredo está sendo abordada, de maneira despretensiosa e gradual. Os extraterrestres aqui não estranhos, mas sim fascinantes e na maior parte dos momentos, muito parecidos com os próprios humanos. Uma coisa que eu gostei foram as "manchas" que eles possuem na pele, no começo achei desnecessário, mas depois entendi que essa foi uma maneria inteligente de diferenciar a espécie deles de todo o resto.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante o episódio foi ter identificado algumas características distópicas na estória. Não posso afirmar que a série vá se tornar uma distopia ao não, porém muitos dos pontos importantes do gênero estão presentes em Star Crossed: ter uma elite que domina a outra parte da população, a vontade de alguns dos dominados de dar a volta por cima e a presença de uma vertente de ficção científica. Se a série seguir por esse rumo eu vou ficar mais do que satisfeita levando em conta que isso seria um sopro de ar fresco nas séries adolescentes.
Mas não se enganem, o grande ponto principal da série está muito claro desde o começo: o romance. Não vejo isso como um ponto negativo ou não, já que isso depende muito do gosto pessoal de cada um, mas, desde que todo o resto seja bem trabalhado, não vejo problema nenhum em ter o romance como destaque. Além de ter conseguido também identificar um senso de humor interessante e a promessa de muitas cenas de ação para o futuro da série.
O grande destaque desse primeiro episódio é, com certeza, o Roman. Eu gostei demais do personagem. Simplesmente adorei a maneira com que ele lida com as ameaças e os insultos, seu senso de humor irônico me rendeu umas boas risadas, e também gostei do fato de que por trás da fachada durona temos um cara legal, que se preocupa com os amigos, a família e a sua espécie. Além do fato de que o Matt Lanter é simplesmente maravilhoso, eu não conseguia desgrudar os olhos da beleza dele durante todas as malditas cenas! Na realidade, todo o elenco da série é muito bonito, o que não deixa de ser um ponto positivo, vamos ser francos.
Por outro lado, acho que faltou um pouco de exploração da Emery. Sinto que conhecemos só o superficial da personagem e isso não me proporcionou nenhuma conexão com ela, pelo menos não durante o piloto. Não desgosto da personagem da Aimee Teegarden, só sinto que ela pode ser tornar algo muito melhor e torço pela evolução dela durante a série.
Existem somente dois defeitos que eu notei e que valem a pena ser apontados aqui. O primeiro é a incoerência dos acontecimentos em determinados momentos, algumas coisas aconteceram fácil demais, tão fáceis que não me convenceram. Por exemplo, não vejo como é possível reconhecer uma pessoa da forma como o Roman reconheceu a Emery, eu não engoli aquilo de forma alguma.
O outro defeito é que Star Crossed se passa em 2024 e falta um pouco das inovações tecnológicas que são esperadas dessa época. Gostei dos celulares, mas todo o resto não me pareceu certo. Tirando o fato de que o efeito de alguns deles são simplesmente ruins.
Porém quero deixar bem claro que esses defeitos que eu apontei não comprometem a série para mim, pelo menos não por enquanto.
Fui assistir Star Crossed sem a menor expectativa e acabei sendo realmente surpreendida pelo que vi. Não por ser algo excepcional, mas sim por ser algo que me cativou e me deixou bastante curiosa para o próximo episódio. Não sei se a série vai se manter boa ou decepcionar durante a temporada, mas acho, sinceramente, que ela merece uma chance, principalmente para os fãs de estórias adolescentes como eu.
Assista ao trailer legendado de Star Crossed:
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