Quem nunca sonhou em ser uma celebridade? Tenho certeza que pelo menos uma vez na vida todo mundo já sentiu desejo por ter esse tipo de vida e tudo porque o mundo das celebridades é extremamente sedutor e subjetivo. E é por isso ele também é uma fonte inesgotável de material para a ficção. Assim que li a sinopse de Tocando As Estrelas soube que ele não era nenhuma obra prima, mas também tive a certeza que por ser passar dentro desse universo com certeza seria uma estória divertida e interessante.



Paige Townsen sempre quis ser atriz, mas as pequenas peças e publicidades em qual trabalhava não chegavam nem perto dos seus sonhos. Quando descobriu que as audições para o papel de protogonista de uma das trilogias mais famosas do momento estavam acontecendo na sua cidade ela simplesmente não pode ignorar essa chance. Mesmo que as possibilidades de conseguir o papel sejam quase insignificantes, elas ainda existiam, certo?
E algumas semanas depois lá estava ela, no Havaí, na companhia de um dos atores mais bonitos e famosos do mundo e gravando uma super produção de Hollywood. E em meio a todas as descobertas dessa sua nova vida Paige também vai perceber que às vezes a vida imita a arte e, assim como a sua personagem, ela vai ficar com o coração divido por duas pessoas diferentes.

Tocando As Estrelas foi tudo o que eu esperava dele, uma leitura rápida, leve e que entretém, fazendo com que a experiência seja quase que como assistir um filme. E não um filme qualquer, mas sim um daqueles filmes adolescentes bobinhos porém incrivelmente deliciosos de se assistir e surpreendentemente cativantes. Resumindo, aquele guilty pleasure que a gente sempre ama.
E um ponto muito positivo é que a autora não tem pretensão nenhuma de que seu livro seja nada mais do que isso optando, assim, por uma narrativa rápida, simples e dinâmica. Acho que em 90% das vezes a maneira com que a autora passa rapidamente pelos acontecimentos super funcionou. A autora vai direto ao ponto - das audições direto para o início das gravações, por exemplo - e isso é algo interessante para livros desse gênero.

Mas, como eu disse aí em cima, existe ainda os 10% das vezes em que apressar a narrativa não funciona tão bem assim. O que, nesse caso, foi o romance. Mas, mais especificamente, um deles. Porque o primeiro romance se desenrolou de um maneira bem satisfatória e realmente conseguiu me conquistar. Mas aí entrou o segundo romance e as coisas não ficaram mais tão boas assim.
O problema é que a autora não deu tempo para que esse romance se desenvolvesse. De verdade, praticamente tempo nenhum. Os personagens mal conversam e interagem e, boom, se apaixonaram. Eu realmente não entendi e, principalmente, acreditei no que eu estava lendo. O que é uma pena, porque os personagens possuem muito potencial para se explorar.

Por outro lado a parte de contar a vida nos bastidores conseguiu atingir todas as minhas expectativas. Como eu disse no começo da resenha, esse é um universo extremamente rico e atraente, o que rende diversas opções para se trabalhar. Gostei da autora ter escolhido contar a estória de alguém que está entrando nessa vida e dessa forma mostrar aos poucos tudo o que essa profissão traz consigo.
E é ainda mais legal que a autora tenha escolhido falar de uma adaptação de uma trilogia de sucesso voltada para o público jovem, - assunto que a gente conhece e MUITO!. A autora até que aborda bem essa parte da estória, só que ainda fiquei sentindo falta de alguma coisa.

Resolvi ler Tocando As Estrelas sabendo que ele seria um livro bem despretensioso e divertido e foi exatamente isso o que encontrei. Super indico para quem, assim como eu, gosta de vez em quando de ler um estória bem fácil e "adolescente". O único porém é que só depois de terminar a leitura descobri que esse é o primeiro volume de uma trilogia, Confesso que preferia se fosse um livro único (ando fugindo de séries/trilogias no momento), mas o livro me convenceu de continuar. Não posso mentir, estou louca para saber o que vai ser da vida da Paige daqui para frente.

Eu o quero. Quero uma situação diferente. Quero voltar no tempo e reorganizar as coisas. Tornar esse sentimento possível por mais do que aquele minuto.