Resenha: My Life Next Door por Huntley Fitzpatrick
17:11Sinopse: “Uma coisa que a minha mãe nunca soube, e desaprovaria acima de tudo, é que eu assisto os Garretts. O tempo todo.” Os Garretts são tudo o que os Reed não são. Barulhentos, numerosos, bagunçados, afetuosos. E todos os dias, de sua varanda, Samantha Reed, uma adolescente de 17 anos, deseja ser um deles… até que uma noite de verão, Jase Garrett sobe em seu terraço e muda tudo. Os dois se apaixonam e a família se Jase trata Samantha como um deles. Então, em um instante, seu mundo vem abaixo e ela se vê confrontada com uma decisão impossível. Qual família perfeita vai salvá-la? Ou chegou a hora de ela salvar a si mesma?
Título: My Life Next Door
Autor(a): Huntley Fitzpatrick
Páginas: 416
Editora: Ainda não publicado no Brasil.
Avaliação: 4/5
Esse livro tem aquele "quê" de especial que torna impossível se desgrudar da estória, com um mistura deliciosa de leveza, romance e uma pitadinha de drama. Bem, isso até dois terços dele, onde o drama toma conta. Não me entendam mal, eu adoro um bom drama, mas é que a leitura estava tão gostosa que queria que continuasse assim até o final. Mas nada disso tira o valor de My Life Next Door, que é um ótimo Jovem Adulto.
Samantha Reed mora com sua mãe e irmã mais velha e vive uma vida rígida e regrada pela sua mãe, que é senadora da estado. Tem privilégios, carinho e um futuro todo planejado, a vida perfeita, certo? Porém, escondida, Samantha sempre observou e invejou seus vizinhos, os Garretts, uma família onde os pais vivem com seus oito filhos de forma bagunçada e divertida. Mas a mãe de Sam sempre proibiu contato dela com qualquer um dos Garretts, parte por desaprovar toda aquela bagunça e parte porque o pai de Samantha veio de uma família como aquela e acabou por a abandonar com duas filhas.
Durante anos Samantha conheceu aquela família só por observar de longe, mas de repente ela acaba conhecendo Jase Garrett e fazer parte da vida que existe na casa ao lado. O único problema é que sua mãe não pode nem desconfiar que isso está acontecendo, o que não é tão difícil já que ela está ocupada demais com seu novo namorado e conselheiro de campanha que, aos poucos, está transformando a mãe de Sam em alguém totalmente diferente.
É muito fácil se relacionar com a Samantha, porque ela é extremamente real com suas falhas e qualidades. Ela ama sua família, mas mesmo assim sente inveja da alegria e cumplicidade da família da casa ao lado, já que seu pai a abandonou quando ainda era bebê. Ela tem muitas facilidades, mas dá duro e não deixa a futilidade tomar conta sendo uma pessoa muito pé no chão, além de ter um clara visão do certo e do errado. Luta por aqueles que ama, é fiel e não passa a vida fazendo mimimi. Seu maior defeito talvez seja o medo que ela tem de enfrentar as pessoas, principalmente quando se trata da sua mãe, mas mesmo assim eu simpatizei demais com a Sam e com a sua estória.
O livro não trata só sobre um romance, mas ele é parte importante e constante dele. O que eu gostei demais é que a autora não enrolou muito para fazer os dois ficarem juntos, dando para o relacionamento o tempo certo. É aquele tipo de romance que faz você se apaixonar junto, suspirar e torcer para que eles fiquem juntos para sempre. Falando sobre isso, o Jase é um personagem apaixonante, daquele tipo que te dá vontade abraçar bem apertado por quão fofo é. Ele é simples, gentil, divertido e, acima de tudo, dedicado a sua família, que é o assunto principal da obra.
O que eu senti durante a leitura é que a Huntley Fitzpatrick quis mostrar a força e a importância dos laços criados dentro de uma família e também o que a falta deles faz. Os Garretts são especiais e não falo isso só porque as crianças são extremamente fofas, mas sim pela mensagem que eles trazem. É difícil ser diferente, e fazer parte de uma família de tamanho tão incomum causa muitos problemas e preconceitos que acabam fortalecendo o laço entre eles. Cada um tem uma personalidade diferente, mas juntos possuem um relacionamento bagunçado, sim, mas também alegre e cheio de amor. O mais legal é perceber ao poucos que isso não tira nem um pouco o o valor da família de Sam, por mais complicada e distante que seja o relacionamento dela com a mãe e por mais que ela acreditasse no contrário.
Existem alguns personagens que merecem destaque, além da Samantha e do Jase, é claro. A mãe da Sam é uma personagem interessante porque apesar de você entender que ela não é uma megera insensível, ela age como tal, o que provoca ódio na maioria das vezes. Já o Tim é um personagem que cresce de forma absurda durante o desenrolar da estória e acaba gerando uma afeição que você não poderia nem cogitar ter no começo do livro.
O livro é delicioso de ler, leve, divertido, repleto de romance e com várias pitadas de drama de vez em quando. É interessante perceber que no meio de toda a leveza da leitura a autora aborda temas mais pesados e sérios, como manipulação, política e dependência.
Como disse no começo da resenha, o que me chateou um pouco foi o final. Eu tinha cogitado algumas reviravoltas, mas fui surpreendida pelo o que aconteceu. É difícil explicar que as últimas cem páginas não foram ruins, mas que, no momento, eu não queria que o livro tratasse de um drama como aquele. Eu queria terminar o livro com a mesma leveza do começo, mas me desanimei um pouco com o rumo que o livro tomou e o meu ritmo de leitura caiu bastante. Por outro lado, eu gostei que a autora não fez mimimi além do necessário e do rumo que ela tomou para resolver o conflito. Eu entendi o dilema da Samantha e, como ela, não sei como agiria se estivesse na mesma situação. Como já falei, ela sabe muito bem distinguir o certo do errado, porém as coisas nem sempre são tão preto no branco assim.
Não tem como não se apaixonar pela estória de My Life Next Door, é delicioso acompanhar o romance entre a Sam e Jase, mas é igualmente bom ver o crescimento dos personagens e ler uma estória que traz uma mensagem tão bonita sobre família. Quando li o título pela primeira vez achei ele bem clichê, mas agora posso afirmar que nunca um título de um livro combinou tão perfeitamente com a sua estória.
"Todos nós temos o presente também", acrescenta ele, "em que não contamos cada pequena coisa até mesmo às pessoas que mais amamos."
Jase e eu estamos cada vez mais perto. Estou viciada no cheiro da sua pele. Estou interessada em cada detalhe do seu dia, a maneira como ele atende os clientes e fornecedores, tratando-os de forma concisa, mas com empatia. Estou encantada com a maneira como ele olha para mim com um sorriso confuso enquanto eu falo, como se ele está tanto ouvindo a minha voz e absorvendo o resto de mim. Estou satisfeita por todas as partes dele que eu conheço e cada peça nova que eu descubro é como um presente.
Eles dizem que você nunca sabe o que você faria em uma situação hipotética. (...) Você simplesmente não sabe ao certo se, quando as coisas se quebrarem, você vai pensar em primeiro lugar na segurança, ou se a segurança vai ser a última coisa em sua mente.
4 comentários
Eu quero muito ler esse livro! Tem todas as características que fazem com que eu goste de um jovem adulto. Pena que você não gostou tanto do final, mas pelo que você comentou acho que eu iria acabar aceitando, não sei. Gosto de finais reais e de um pouquinho de drama.
ResponderExcluirMe interessei muito por esse livro!
ResponderExcluirAdorei sua resenha =)
http://pensamentosdapoetisa.blogspot.com
Fiquei super interessada e curiosa. Parece ser uma história linda e do tipo que eu gosto.
ResponderExcluirwww.fofocas-literarias.blogspot.pt
Olá, uma perguntinha por acaso não sabes o nome desse livro em português? é que eu quero muito ler e não me apetece compra-lo em ingles e não encontro em lado nenhum o nome em português
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