Resenha: Dash & Lily's Book of Dares por Rachel Cohn e David Levithan

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Sinopse: Lily deixou um caderno vermelho cheio de desafios em uma prateleira favorita de uma livraria, esperando pelo cara certo passar e aceitar os desafios. Mas Dash é esse cara certo? Ou Dash e Lily estão destinados apenas à trocar desafios, sonhos e desejos pelo caderno que eles ficam passando de um para outro em lugares de New York?
Título: Dash & Lily's Book of Dares
Autor(a):  Rachel Cohn e David Levithan
Páginas: 272
Editora: Ainda não publicado no Brasil.
Avaliação: 4/5

Quem me conhece sabe que eu sou completamente maníaca por Natal, daquele tipo que passa a semana antes do dia 25 só vendo filmes, ouvindo músicas e lendo livros de Natal. Ano passado eu li Let It Snow (publicado esse ano por aqui como Deixe a Neve Cair) e esse ano resolvi me arriscar em Dash & Lily's Book of Dares que se passa entre o Natal e o Ano Novo. Não me arrependi nenhum pouco da escolha.


Lily ama o Natal, total e completamente. Porém esse ano tudo veio abaixo, seus pais resolveram comemorar o aniversário de casamento em Fiji e seu avó viajou para o outro lado do país, deixando Lily sozinha com o irmão que só quer saber de de ficar com a namorada. Vendo todas as suas tradições de Natal serem perdidas a garota começa a ficar desesperada o que leva seu irmão a ter uma brilhante ideia. Querendo dar a Lily algo para fazer, ele resolve escrever, em um caderno vermelho, desafios e o colocar na prateleira do autor favorito de Lily em uma das maiores livrarias de Nova York. 
Dash odeia o Natal e tudo que vem junto com ele. Por isso enganou seus pais para poder ficar sozinho em Nova York enquanto eles viajam para comemorar o feriado, o que fica fácil já que seus pais não conversam há anos. Tentando fugir de tudo que o lembre do Natal, Dash se refugia no seu lugar preferido do mundo, a livraria Strand, e na prateleira do seu autor favorito encontra um caderno vermelho com desafios estranhos e intrigantes. Determinado a entrar nessa brincadeira e conhecer mais da garota por trás daquelas palavras, Dash vai colocar os dois em uma divertida busca por Nova York. 

Eu logo de cara me identifiquei muito com a Lily por causa do seu amor por Natal, suas razões por amar tanto essa época, sua paixão por manter intactas todas as suas tradições, a excitação por cada parte especial desse dia, tudo isso me lembra demais dos meus sentimentos. Por isso entendi o desespero e a tristeza dela em ver sua data favorita do ano ser destruída, pode ser que alguns a achem um pouco irritante por causa disso, mas eu, felizmente, a compreendi.
A Lily é uma personagem muito divertida, cômica até, suas divagações, sua forma de lidar com as coisas, é tudo muito divertido e engraçado. Até mesmo quando tudo estava dando errado e/ou ela estava deprimida por causa de toda a situação, a Lily conseguia passar para mim uma atmosfera leve e bem humorada. 

Já o Dash é o oposto da Lily. Ele até tem uma humor gostoso, principalmente por causa da ironia, mas ele aparenta ser, a todo momento, um personagem mais pesado. Apesar de ter amigos - mais que a Lily, que não tem nenhum, na verdade - ele parece ser uma pessoa muito solitária o que se deve muito ao relacionamento dos seus pais. Fica muito claro também, durante a leitura, a sua paixão por livros e a forma como eles se tornam seu refugiu. O Dash é cheio de citações literárias e uma personalidade nerd encantadora, o que me fez gostar ainda mais dele. 

O livro é um tributo a Nova York é deliciosa a forma como a  Rachel Cohn e o David Levithan fizeram essa viagem pelos principais pontos da cidade. Os desafios que eles criaram, a forma como foram entrelaçando personagens e situações, foi tudo tão bem feito e diferente que é praticamente impossível não se fascinar por essa característica da estória. 

O relacionamento entre o Dash e a Lily também foi igualmente bem pensado e intrigante. É legal perceber que o que os conectou primeiro não foi um interesse amoroso, mas sim que através das páginas daquele caderno eles conseguiam se abrir completamente e dizer tudo que sentiam e pensavam e foi essa sinceridade que os ligou. O romance surgir ali só pareceu, simplesmente, normal e certo. Acho que vocês já perceberam que eles não são nenhum um pouco parecidos, mas mesmo assim conseguem se identificar e é uma delícia acompanhar essa jornada. 

O Natal não é o destaque do livro, mas as características e peculiaridades da época estão presentes a todo momento da estória o que, obviamente, só me fez amar tudo ainda mais. Não é novidade que em outros países, como o EUA, por exemplo, se comemora de forma ainda mais intensa do que aqui e depois de ler tudo que foi dito nesse livro eu só fiquei ainda mais louca para visitar Nova York nessa época do ano. Tem uma coisa mágica sobre a época que traz uma aura totalmente diferente e encantadora para o livro. 

As narrativas da Rachel Cohn e do David Levithan são leves, fluídas e gostosas de acompanhar. Eles conseguem escrever de forma simples, mas dizer muito com as palavras, o que torna tudo especial. O nível de inglês é fácil e a minha leitura foi muito tranquila, só tive dificuldades em pouquíssimas palavras. 

Dash & Lily's Book of Dares é um livro divertido, fofo, romântico e encantador que traz á vida a magia do Natal. Não é nada excepcional, brilhante ou maravilhoso, mas foi uma leitura deliciosa e que cumpriu muito bem o seu papel. Eu super indico para qualquer um que queira, como eu, entrar no clima do Natal ou do Ano Novo, ou para quem quiser esquecer da vida e cair de cara em uma estória deliciosa.
Eu acordei na manhã da véspera de Natal, e meu primeiro instinto foi de pura emoção: Yay! É finalmente o dia antes do Natal — Um dia antes do melhor dia do ano! Minha segunda reação foi uma patética lembrança: Ugh, e eu não tenho ninguém para compartilhar.
Eu quero acreditar que há um alguém lá fora, só para mim. Eu quero acreditar que eu existo para estar lá para esse alguém.
As pessoas importantes em nossas vidas deixam marcas. Elas podem ficar ou ir no plano físico, mas elas estarão sempre lá em seu coração, porque foram elas que ajudaram a formá-lo. Não há como superar isso.

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