Resenha: A Caminho do Verão por Sarah Dessen
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Sinopse: Auden resolve passar as férias de verão em Colby, uma minúscula cidade litorânea, com o pai, a madrasta e Thisbe, sua irmãzinha. Lá, ela revê seus conceitos em relação à madrasta, encara um emprego de férias em uma boutique e conhece Eli, um garoto misterioso com quem embarca em uma busca – experimentar uma adolescência sem preocupações, enquanto ele procura se recuperar de um acontecimento trágico.
Título: A Caminho do Verão
Autor(a): Sarah Dessen
Páginas: 416
Editora: ID
Avaliação: 4/5
A Caminho do Verão não é o melhor livro da Sarah - que mesmo só lendo três, já se tornou uma das minhas autoras favoritas - mas sendo dela, o não ser o melhor está longe de ser ruim, acho que menos denso seria a palavra certa. Mas o que eu pude ter certeza lendo ele é que quando você quiser um livro realmente bom é só escolher um da Sarah que não vai ter erro.
Auden passou toda a sua vida sendo o contrário do irmão, nunca perdeu tempo se divertindo ou dando trabalho, sempre se preocupou em ser a melhor nos estudos e em ser considerado mais madura que a idade. Com isso não teve tempo de ser criança e nem em construir uma vida social.
Quando ela resolve se aventurar um pouco mais na vida vai visitar o pai e a madrasta que acabaram de ter um bebê e lá conhece novas pessoas, novas paixões e principalmente descobre ela mesma.
A Auden não é uma pessoa muito fácil de se gostar, ela é egoísta, se acha superior e só se preocupa em ser a melhor, sempre. Essas características da personagem não me fez simpatizar com ela de cara, mas é claro que ela não seria só isso. Porque, assim como aconteceu com ela, o grande ponto do livro é mostrar que as aparências enganam e que uma pessoa não é necessariamente burra ou descartável só porque se veste e age de tal maneira ou fala de certas coisas. Dessa forma nós, leitores, com o tempo passamos a simpatizar ao longo da história com vários personagens como a Heidi, a Maggie e até mesmo a própria Auden.
A Sarah não gosta de apostar em mocinhos estereotipados e Eli é um exemplo disso. Confesso que fiquei meio incerta sobre ele no começo, mas no final eu gostei bastante do personagem e ainda mais da química entre o casal. Os dois funcionaram bem juntos. Mas tirando ele o único outro personagem masculino que eu gostei na história foi o Adam.
Eu odiei a família da Auden, a mãe é manipuladora, o pai é a pessoa mais egoísta que eu já vi e o irmão, apesar de ser doce e gostar muito da Auden, tem o mesmo problema de só pensar nele mesmo. Só posso dizer que que fiquei com pena da Heidi o livro inteiro por ter escolhido alguém como o pai da Auden para ser o pai da sua filha.
Como sempre a narrativa da Sarah flui super bem e ela tem aquele ponto positivo de não deixar toda a trama girar só entorno do romance, mas sim dá destaque a outros pontos e a outros personagens também. O clima praiano, de verão e de férias dá um toque todo especial ao livro.
O enredo pode não se tratar de temas fortes como em outros livros dela, mas trata de amadurecimento, descobertas, responsabilidade e culpa. E é um livro que faz a gente parar e pensar depois de terminar, e acho que isso é uma das coisas mais importantes, não ser só uma fonte de entretenimento, mas fazer do livro algo que acrescente alguma coisa na sua vida.
A Sarah Dessen já provou ser capaz de criar histórias incríveis e A Caminho do Verão é uma dessas histórias. Se você é fã de um bom livro esse não pode deixar de ser lido. Mais que indicado.
Nunca antes tinha sido tão óbvio que embora dedicasse toda a minha vida a aprender, tinha tantas coisas que ainda não sabia. O suficiente para me meter em grandes problemas, aparentemente, se alguém não estivesse ali para me ajudar.
É terrível e assustador quando alguém te deixa. Você pode continuar em frente, fazer o melhor que puder, mas como Eli havia dito: um final era um final. Não importa quantas páginas de orações e parágrafos das grandes histórias levaram a ela, sempre teria uma ultima palavra.
— Aposto que, se... — ela suspirou. — Quero dizer, existe uma razão para se aprender isso quando você é pequeno.— Menos autoconsciência?— Menos distância do chão.
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