Resenha: A Rainha Vermelha por Victoria Aveyard

00:54

Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso. Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe e Mare contra seu próprio coração. 
Título: A Rainha Vermelha
Autor(a): Victoria Aveyard
Páginas: 424
Editora: Seguinte
Avaliação: 4/5


Eu estava maluca para ler A Rainha Vermelha. Serio! Red Queen, no original, era tudo o que todos os canais literários gringos falavam quando o livro foi lançado lá fora e apesar ouvir algumas opiniões divergentes eu não tive como não me interessar pelo livro, afinal eu amo tudo que envolva rei/rainhas/príncipes/princesas e ainda mais quando isso está envolvido em uma realidade distópica. Então não vou mentir que fui com muita sede ao pote, o que todo mundo sabe que é um jeito complemente errado de começar uma leitura, mas mesmo que Rainha Vermelha não tenha se tornado o meu favorito do gênero (Trono de Vidro <3), o livro conseguiu atingir todas as minhas expectativas e ser uma leitura deliciosa. 



Me desculpem, mas não tenho como não com comparar A Rainha Vermelha com Trono de Vidro, os dois são livros muito parecidos para se ignorar a similaridade. Não que um seja a cópia do outro, em nenhum momento senti isso, cada um tem uma personalidade diferente e, é óbvio, uma estória diferente. Mas a sensação enquanto estava lendo A Rainha Vermelha foi a de que estava de novo no mundo de Trono de Vidro. Não sei se estou explicando direito, mas essa vida dentro do castelo, o fato da protagonista estar tendo que aprender como se adaptar ali e muitas outras pequenas coisas me lembraram demais a outra série. Só não sei se isso é uma coisa boa ou ruim, para mim é algo bom porque amo esse tipo de estória, mas também é algo que tem o seu lado ruim por não se parecer uma algo tão original. 

Mas isso não quer dizer que a Victoria Aveyard não tenha feito um bom trabalho ao construir o plano de fundo do seu livro, muito pelo contrário. Eu amei toda a ideia criada por ela, de existir dois tipos de sangue e, principalmente, os poderes incríveis dos prateados. Sério gente, eles são super legais! Não tem como não ficar fascinado pelos diferentes tipos e pelas diversas demonstrações de força. Mas existe também outra parte da sua mitologia que é muito interessante e bem construída que a parte distópica em si. Eu gostei muito de como a autora construiu a hierarquia social desse seu mundo e como trabalhou isso durante a estória. 

Outro ponto positivo do livros são os seus personagens. A Mare é uma ótima protagonista, ela é forte, determinada, corajosa e inteligente, mesmo que muitas vezes acabe cometendo burradas ao deixar seus impulsos a comandarem. Ela é alguém fácil de se gostar e fácil para se torcer. Os dois outros destaques são os príncipes, Cal e Maven. Não vou falar muito sobre cada um para não estragar nada para vocês, mas ambos possuem personalidades interessantes e são bem desenvolvidos ao longo de todo o livro. 

A narrativa do livro, por sua vez, é absolutamente deliciosa! Apesar de ser muita coisa para se assimilar a autora faz com que desde da primeira página a leitura seja leve e envolvente a ponto de você simplesmente não conseguir largar o livro. 

Porém A Rainha Vermelha não é feito só de pontos positivos. Uma coisa que eu estranhei durante a leitura é que durante 90% do livro nós não temos um vilão de verdade, uma figura que represente o "errado" como acontece em todos as outras distopias que li na vida. Outra coisa que me incomodou é as coisas acontecem rápido demais - principalmente o final onde a Mare toma uma decisão completamente sem sentido - e parece que as ações dos personagens não possuem tanto embasamento assim. O outro ponto negativo não é culpa do livro, mas minha. Acontece que muita gente falou que existia uma reviravolta absurda no fim do livro, o que me deixou cheia de expetativas. Mas a tal reviravolta acabou não sendo tão impactante assim para mim porque mesmo que não estivesse esperando tal coisa quando aconteceu fez todo o sentido para mim. Porém, de tudo isso, o que mais me incomodou é que o livro tinha potencial para ser mais, para ser melhor, mas por algumas falhas técnicas acabou ficando apenas no bom. 

Mas não se enganem pelo parágrafo anterior, apesar de ter seus defeitos (como todos os livros que existem), A Rainha Vermelha ainda é muito bom e vai agradar todo e qualquer fã de distopias. Eu adorei passar algumas horas acompanhando a vida de Mare, descobrindo esse mundo interessantíssimo e não vejo a hora de ver o que vai acontecer daqui para frente no segundo livro.
Todo mundo pode trair todo mundo. 

You Might Also Like

0 comentários

curta no facebook

confira o último vídeo

Newsletter