Resenha: O Feitiço Azul por Richelle Mead

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Sinopse: A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente: uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?
Título: O Feitiço Azul - Bloodlines #3
Autor(a): Richelle Mead
Páginas: 416
Avaliação: 4/5 


Se vocês leram as minhas resenhas dos dois livros anteriores perceberam que apesar de ter curtido os dois eu ainda esperava algo mais. Principalmente porque eu sei que a Richelle Mead é capaz de escrever muito mais do que ela fez em Laços de Sangue e O Lírio Dourado. E lendo O Feitiço Azul tudo o que pensava era: é isso! É isso que eu estava esperando desde o começo!


Depois de descobrir sobre os Guerreiros da Luz, Sydney não acredita mais na veracidade do que os Alquimistas dizem e para por essa estória a limpo ela precisa encontrar Marcus Finch, um ex-alquimista, para então descobrir os segredos que só ele pode contar para ela.
Além disso Sydney tem que lidar com os seus cada vez maiores poderes mágicos e a vinda de uma poderosa e mortal feiticeira para a região. E, se tudo isso não fosse o suficiente, ela ainda tem que lidar com os seus sentimentos proibidos por Adrian. 

Acho que um dos pontos mais positivos desse terceiro livro foi como a autora finalmente amadureceu todos os conflitos que foram adicionados nos livros anteriores: a dúvida dos alquimistas, os Guerreiros da Luz, a magia e, é claro, o romance.

Esses três primeiros livros, na minha visão, existiram para completar o primeiro ciclo da série: a aceitação da própria Sydney de que ela não compartilha das mesmas crenças que os alquimistas e percepção de que eles não são perfeitos como aparentam. Essa mudança foi plantada lá no quarto livro de Academia de Vampiros e começou a se amadurecer até esse ponto. Todas as descobertas que ela fez até agora, seu relacionamento com o Adrian, a magia, tudo levou para esse momento de aceitação de que ela é uma pessoa única que tem seus próprios valores e suas próprias crenças. E isso é muito bem mostrado aqui e exemplificado pela inserção do personagem Marcus e de todas as consequências que ele traz para a estória.
Eu disse nas resenhas dos livros anteriores que eu não estava totalmente conquistada pela Sydney ainda, mas aqui minha opinião começou a mudar. Ainda não gosto completamente da personagem, mas ela parece muito mais forte, segura e corajosa agora.
Gostei muito de como a Richelle Mead encaixou a situação alquimistas com a descoberta da existência dos Guerreiros da Luz, mostrando que mesmo que tudo parecesse meio deslocado no livro anterior ela tinha, sim, um planejamento.

A magia foi assunto que me incomodou bastante no livro anterior, eu não estava muito animada com essa parte do enredo e não via muita necessidade. Mas O Feitiço Azul finalmente me convenceu da importância da magia da Sydney para a estória como um todo. Pela primeira vez eu me senti curiosa por essa parte da estória e intrigada com quais seriam as próximas revelações.

Mas, sem a menor dúvida, o grande destaque desse livro é o romance. E, sério, tem como não amar o Adrian e a Sydney juntos? (Levando em conta que um dos maiores motivos disso é por que é impossível não achar maravilhoso o Adrian todo fofo, dedicado e apaixonado.) Eu estava torcendo tanto por eles, a cada cena dos dois juntos eu ficava toda tensa de antecipação e nossa, como tem cenas incríveis desses dois juntos nesse livro! Eles protagonizam as melhores cenas e proporcionam as melhores emoções.

A infantilidade de que reclamei em O Lírio Dourado apareceu muito pouco aqui, o que é uma das maiores melhorias que esse terceiro livro trouxe para a série. A Jill, o Eddie e a Angeline aparecem muito pouco e, apesar de gostar bastante do Eddie, fico feliz por isso ter acontecido porque são eles que trazem a maior carga de conflitos infantis para a estória.

Resumindo, O Feitiço Azul foi tudo que eu esperava da série. Gostoso de ler, dinâmico, envolvente e apaixonante, tudo que a Richelle Mead se mostrou muito mais do que capaz de fazer e conseguiu mostrar aqui de novo. Eu estou muito mais animada com a série agora e morrendo para ler Coração Ardente porque eu simplesmente preciso de mais Adrian na minha vida. Prevejo um futuro incrível para Bloodlines
- Eu não sei. - Ele colocou um olhar introspectivo que foi inesperado e intrigante. - Você não é tanto uma causa perdida quanto ela. Quer dizer, com ela eu tinha que superar o seu amor profundo e épico com um senhor da guerra russo. Já quanto a você e eu, só tenho que superar centenas de anos de preconceitos profundamente arraigados e um tabu entre as duas raças. Fácil.

-  Foi mesmo um acidente - eu disse. - Marcus achou que eu estava lá para raptá-lo. Adrian, sem ter nada contra a cama, sentou. Então soltou um resmungo de dor, provavelmente por causa do soco no estômago. - Se alguém como você aparecesse para me raptar, eu deixaria.
E, honestamente, eu já tinha perdido tempo demais com dúvidas e jogos. A única coisa que você aprende por ter constantemente a sua vida colocada em perigo é que é melhor você não desperdiçá-la.

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