Resenha: Ten Tiny Breaths por K. A. Tucker
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Sinopse: Quatro anos atrás, a vida de Kacey Cleary implodiu quando seu carro foi atingido por um motorista bêbado, matando seus pais, namorado e melhor amigo. Ainda assombrada pelas memórias de ter ficado presa, segurando a mão sem vida de seu namorado e ouvindo sua mãe dar seu último suspiro, Kacey quer deixar seu passado para trás. Armada com duas passagens de ônibus, Kacey, 20 anos de idade, e sua irmã de 15 anos, Livie, fogem de Grand Rapids, Michigan, para recomeçarem em Miami. Lutando para sobreviver, Kacey precisa descobrir como sobreviver. Mas Kacey não está preocupada. Ela pode lidar com qualquer coisa – qualquer coisa além de seu misterioso vizinho do apartamento 1D. Trent Emerson tem latente olhos azuis, covinhas profundas, e patina perfeitamente a irresistível linha entre cara legal e bad boy. Endurecida por seu passado trágico, Kacey está determinado a manter todos à distância, mas atração mútua é inegável e Trent está determinado a encontrar um caminho para o coração guardado de Kacey, mesmo que isso signifique que um segredo explosivo pode quebrar ambos os seus mundos.
Título: Ten Tiny Breaths
Autor(a): K. A. Tucker
Páginas: 262
Editora: Não publicado no Brasil
Avaliação: 4/5
Ten Tiny Breaths era um livro do qual eu esperava muito, não só porque a premissa é muito boa, mas também porque eu vi comentários super positivos sobre ele. Depois de terminar a leitura o que eu posso dizer é que o livro é intenso, deixa uma mensagem muito interessante e vale a pena, mas não é o melhor do gênero.
Kacey perdeu os pais, a melhor amiga e o namorado em um trágico acidente de carro há alguns anos, tudo que restou em sua vida foi sua irmã mais nova, Livie. Ela tentou lidar com a perda das piores formas possíveis, se entregando ao álcool, drogas e sexo por algum tempo, mas encontrou a melhor saída a se obrigar a não sentir mais e não deixar ninguém se aproximar o suficiente nem para tocá-la, deixando somente a sua irmã imune a esse isolamento. A partir do momento que viver na casa de seus tios se tornou uma situação insustentável, Kacey decide fugir com a sua irmã para Miami e começar uma vida nova, juntou suas poucas economias para alugar um pequeno apartamento e comprar suas passagens de ônibus. Mas lá ela vai acabar se deparando com pessoas que vão acabar de forma inesperada quebrar a sua armadura, primeiro Storm, de quem Kacey nunca imaginaria se tornar amiga, e Trent, o garoto do apartamento da frente que mexe com todos os seu sentimentos só com um olhar e que também tem seus próprios cadáveres para esconder. O que era para ser a sua fuga, acaba levando Kacey a expôr seus sentimentos e lutar com eles.
É difícil falar sobre a personagem da Kacey porque as atitudes dela me irritaram em vários momentos, mas ao mesmo tempo dá para entender o porquê dela agir daquela maneira. Ela passou por uma situação extremamente traumática, sofreu e continua sofrendo demais e essa foi a forma que a Kacey encontrou para lidar e se proteger dos seus sentimentos e da vida. E apesar de querer sacudir ela pelos ombros para ver se ela acorda muitas vezes, ainda sim eu me surpreendi com o tamanho do amor que ela tem pela irma e acabei torcendo para que a Kacey tivesse um final feliz.
O relacionamento dela com o Trent me deixou meio confusa no começo, porque eu não encontrei realmente uma razão para ele existir até que ficasse claro o passado de Trent. Essa revelação, por sinal, foi um dos pontos que me desagradou, não porque não achei ela interessante e super válida para o enredo, porque é, mas porque eu descobri o que era muito antes dessa pergunta sequer aparecer na estória.
O Trent me conquistou logo que soube qual a estória do seu passado, não entendia o personagem no começo, mas acho que essa sempre foi a intenção da autora. Não tem como não se emocionar com a culpa que ele carrega e pela forma que ele encontrou para lidar com a sua dor. Ele se tornou muito mais que uma peça do romance, mas uma das lições mais bonitas criadas pela K. A. Tucker.
Acho que uma das características mais interessantes do livro é exatamente a forma pela qual os personagens lidam com os seus problemas e demônios. A autora trata da perda e da dor, mas principalmente de como lidar com isso, fala de culpa, de ódio e de perdão. E também que não tem problema nenhum precisar de ajuda, seja ela qual for. Os últimos capítulos do livro, quando a Kacey reconhece seus sentimentos e seus erros me emocionou bastante.
Outro ponto marcante para mim foram os personagens secundários. A K. A. Tucker encheu o livro com personagens marcantes, que além de se tornarem importantes para a estória e o crescimento da personagem, eles também despertam o interesse do leitor para as suas próprias estórias.
Ten Tiny Breaths não é um livro perfeito, mas que tem um bom romance e uma estória de superação que vale a pena conhecer, deixando para o leitor uma bonita mensagem no final. Terminei a leitura ansiosa para ler One Tiny Lie, livro que conta a estória da Livie logo que ela entra na sua tão sonhada faculdade de medicina e tem tudo para ser ainda melhor que o primeiro.
Apenas respire. Dez respirações minúsculas. Prenda-as. Sinta-as. Ame-as.
O problema é que eu não sei quem é a Kacey de Antes. Eu não me lembro dela. Eu ouvi que suas íris brilhavam quando ela ria, que sua interpretação de Stairway to Heaven no piano fazia seu pai chorar. Ela tinha hordas de amigos, e ela sorrateiramente dava abraços e beijos e andava de mãos dadas com seu namorado sempre que podia. A Kacey de Antes morreu há quatro anos e tudo o que resta é uma bagunça.
Me pergunto o quão diferente o nosso passado deve ser para ele ter uma tatuagem promovendo o perdão quando estou usando uma simbolizando a mesma razão pela qual eu não posso perdoar.
2 comentários
O livro é intenso, mas bem estruturado. Os outros NA tem sido intensos de forma aleatória =/
ResponderExcluirTbm quero ler o próximo...
Andy_Mon Petit Poison
Excelente resenha. Gostei muito da forma que você escreve, deu até curiosidade de ler o livro.
ResponderExcluirreaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br