Resenha: Procura-se Um Marido por Carina Rissi
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Sinopse: Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada. Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel. Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou.
Título: Procura-se Um Marido
Autor(a): Carina Rissi
Páginas: 474
Editora: Verus
Avaliação: 5/5
Em meio a todas as decepções que tive nesses últimos meses resolvi apostar em uma autora que já tinha me conquistado no seu primeiro livro, Perdida, mas eu não podia imaginar o quanto eu ia amar essa estória, é descompromissada, apaixonante, divertida e tem até um pouquinho de ação, e tudo isso na medida certa! Só fiquei triste porque acabou.
Alicia perdeu os pais quando era criança e foi criada pelo avô que ama incondicionalmente e que, mesmo dando tudo para ela, sempre tentou colocar juízo na cabela da neta que vive inconsequentemente para curtir a vida. Porém quando o vô Narciso morre, além de perder sua única família, Alicia se depara com o testamento que só permite que ela tenha acesso a sua herança quando estiver casada a mais de um ano e trabalhando em uma das empresas do avô, única forma que ele encontrou para tentar deixá-la menos imatura. Só que a Alícia abomina o casamento e não suporta trabalhar e quando se vê no fundo do poço ela acaba recorrendo a uma ideia maluca: procurar no classificado dos jornais por um marido temporário.
O livro tem sim um enredo clichê e é bem previsível em determinadas partes, mas a falta de inovação aqui é totalmente compensada pela narrativa deliciosa, os personagens encantadores e o romance de tirar o fôlego.
Vamos por partes. A Alícia é, como já se espera, uma garota mimada e infantil, que parece muito mais um adolescente do que uma adulta, e chega ser bem tapada para enxergar algumas coisas, mas não é em nenhum momento irritante. Ela também tem um coração enorme, é divertida, extramente determinada e cresce muito no desenrolar da estória. Já o mocinho (que não vou falar quem é) é o completo oposto dela, ele é todo certinho e atencioso, além de ser carinhoso, lindo e, resumindo, é aquele tipo de personagem que te faz implorar para ter um daquele só para você (Sério, como alguém cria um personagem tão perfeito? <3)
Faz muito tempo que eu não encontro uma química tão boa entre um casal, é delicioso acompanhar a forma como eles vão se apaixonando aos poucos, a confusão da Alícia com seus sentimentos e a tensão entre eles que chega a dar frio na barriga. Não tem como não se apaixonar e torcer por um casal como esse.
Mas a estória aqui vai ainda mais longe do que somente o romance, a personagem ainda tem que lidar com a perda da pessoa que era sua única família e que ela amava demais, com as mudanças que vão muito além do casamento, com o crescimento pessoal que foi obrigada a enfrentar e ainda com a dilema sobre em quem poderia realmente confiar dentro dos negócios do seu avô. Tudo isso com uma narrativa super gostosa e cheia de momentos engraçados, além de outros tristes e cheios de tensão.
Procura-se Um Marido tem tudo que um bom chick lit tem que ter e se tornou o meu favorito, ainda mais por ser de uma escritora nacional que não perde nada em relação as de fora. Tem como não amar? Acho que eu não consegui passar em palavras o quando eu amei esse livro e gostei dessa estória, só para vocês terem uma ideia eu devorei as quase quinhentas páginas em menos de um dia! Vocês têm que conhecer esse romance, acreditem em mim, é um livro perfeito dentro do seus propósitos e que vai te deixar com um terrível sentimento de abandono quando chegar ao fim.
Naquele instante, olhando para o rosto delicado de Mari, me arrependi de todos os pensamentos que tive a respeito de estar sozinha. Mari estava ali. Sempre esteve. Sempre estaria. Amigas ficam ao seu lado nos momentos bons, mas apenas as melhores seguram sua mão nos momentos ruins.
- Vai partir seu coração – disse, com um pesar que me causou calafrios. - Vai doer além do que você pode suportar.
– Você... me admira? – perguntei baixinho e muito, muito surpresa. – Que tipo de idiota eu seria se não admirasse uma garota com tanta personalidade?
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