Resenha: A Mais Pura Verdade por Dan Gemeinhart

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Sinopse: Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça. A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.
Título: A Mais Pura Verdade por Dan Gemeinhart
Autor(a):  Dan Gemeinhart
Páginas:
Editora: Novo Conceito
Avaliação: 4/5 


Assim que eu recebi apenas os primeiros capítulos de A Mais Pura Verdade eu já sabia que iria amar, então é claro que quando os lançamentos da Novo Conceito chegaram eu passei ele correndo na frente de todos os outros livros. E, apesar de trazer aquela sensibilidade e emoção que eu amo, o autor conseguiu criar um livro único.



Mark é garoto comum, tem um cãozinho inseparável, Beau, uma melhor amiga com quem divide tudo e é apaixonado por fotografia e haicais. Mas luta desde pequeno contra o câncer. Cansado de perder as esperanças para todas as suas recaídas, Mark decide cumprir a promessa que vez para o seu avó: escalar o Monte Rainier. Só que ele não planeja mais voltar. Então o garoto arruma todas as coisas que acha necessário, pega a sua câmera e Beau, e sobe em um trem sem olhar para trás. 

Apesar de ser muito fã desse tipo de livro não posso negar de que já estou ficando um pouco saturada de livros que possuem personagens que lidam com algum tipo de doença, sendo o câncer a mais comum deles. Mas Dan Gemeinhart conseguiu criar uma estória que fala muito, mas muito pouco mesmo, da doença do seu personagem e enfoca nas consequências que lutar contra essa doença trouxe para a sua vida, seja no sei jeito de olhar para o mundo, nas relações que constrói e na sua determinação. Eu simplesmente amei como ele conseguiu abordar o tema de uma maneira diferente, sem soar em nenhum momento apelativo e sem colocar a doença como centro da estória. 

Outra coisa muito legar de A Mais Pura Verdade é que o livro é realmente voltado para a idade que é escrito. Apesar de ter adorado e achar que qualquer pessoa mais velha vai gostar tanto quanto eu, eu sinto que crianças da mesma faixa etária que o protagonista vão conseguir se relacionar muito com o livro. Seja pela sua narrativa fácil, pelas aventuras pelas quais Mark passa e - por que não? - pela relação especial entre ele e o seu cãozinho. Eu acho incrível livros que são feitos para jovens e que realmente sabem dialogar com eles sobre assuntos delicados, porém importantes. 

Falando nisso, a jornada de Mark não é fácil. Na verdade é como se simplesmente tudo de errado que poderia acontecer acabou acontecendo. Mas o autor contou tudo isso de uma forma muito delicada e sensível, sem causar choque, mas sim fazendo com que os leitor se emocione com a força, determinação e coragem do Mark e do Beau. Porque é simplesmente lindo ver a relação entre esses dois e tudo o que move o Mark a continuar perseguindo seu desejo. 

O livro é dividido em dois pontos de vista, o de Mark e o da sua melhor amiga, Jessie, que conta o lado da família e dos amigos depois que ele foge. E a escrita do Dan Gemeinhart é super fácil e fluída, fazendo a estória simplesmente voar. A narrativa é tão gostosa e o enredo tão intrigante que eu não consegui parar e li o livro todo em umas duas horas e meia. 

Mas preciso apontar dois pontos não tão positivos para mim. Em vários momentos do livro Mark utiliza a frase que dá nome ao livro. Eu até achei a ideia interessante no começo, mas depois começou a ficar um pouco cansativo e repetitivo demais. E a minha segunda crítica é sobre o fim (literalmente, o último parágrafo). Aquilo ficou um pouco clichê para mim, não tinha necessidade. 

Mas, mesmo com as minhas poucas ressalvas, eu gostei muito de A Mais Pura Verdade. Um livro sensível, emocionante e único. Aquele tipo de leitura que é rápida, mas que vai te marcar para sempre.
Isto é uma coisa que eu não entendo: por que as pessoas gostam de levar consigo uma coisa que as faz lembrar de que suas vidas estão indo embora. 
- É como se, sei lá, eu levasse um pedaço de vida comigo. Todas essas coisas acontecem, todos esses pequenos momentos passam por nós e vão embora. Então você vai embora. - Inspirei profundamente e expirei no vidro da janela. - Mas, quando você tira uma foto, aquele momento não passa. Você o prende. É seu. Você pode guardá-lo. 

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