Resenha: Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo por Benjamin Alire Sáenz
13:42Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão. Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.Título: Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo
Autor(a): Benjamin Alire Sáenz
Páginas: 390
Editora: Seguinte
Avaliação: 4/5
Quando foi anunciado o lançamento de Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo eu confesso que fiquei super interessada e curiosa, mas o tempo passou, deixei a leitura de lado e toda a ansiedade também. Então quando, finalmente, pequei o livro nas mãos pra ler não tinha muita certeza do que esperar, talvez apenas uma leitura gostosinha e leve. Nos primeiros capítulos senti um pouco de estranheza, mas conforme as páginas foram passando a estória foi me conquistando ao ponto de terminar completamente apaixona pelo que li e, principalmente, pelos personagens. Um livro lindo, tocante e especial da sua própria maneira.
A primeira coisa que chama a atenção no livro é a narrativa. Ela é super direta, com bastante enfoque em diálogos e, na ausência deles, não existe praticamente descrição nenhuma, mas sim reflexões do Ari sobre os seus sentimentos. A sensação que dá é de que estamos lendo um diário, mesmo que esse não seja o caso. Confesso que no começo estranhei um pouco o estilo de escrita do autor, mas conforme a leitura avança você acaba se acostumando e até gostando. Mas não achem que por ser mais seca ela falha a passar sentimentos, porque não é isso que acontece. O livro não é extremamente profundo, mas consegue transparecer muito bem o que os personagens então sentindo e emocionar o leitor.
Eu acredito que a maior força do livro está em seus personagens. O Ari é um personagem difícil, ele tem a auto estima muito baixo, é solitário, está completamente perdido na vida e mostra muitos pensamentos depressivos. Mas é impossível, mesmo assim, não simpatizar com ele e acho que isso acontece, principalmente, porque ele tem tantas dúvidas que não tem como não se relacionar com pelo menos uma delas. Todos nós passamos por essa fase cheia de novidades, de descobertas, e já nos sentimentos um tanto quanto perdidos na vida, sem saber o que nós realmente queremos. Talvez a maioria de nós não tenhamos o pessimismo dele, nem os mesmos problemas, mas o entendemos, seus pensamentos, sentimentos e dúvidas.
Já com o Dante as coisas são diferentes, com o tempo percebemos que ele está tão perdido quanto o Ari, mas tem personalidade bem diferente. Ele é alegre, comunicativo, apaixonado e apaixonante e é inevitável não se apaixonar por ele. O Dante é pra mim o melhor personagem do livro e terminei a leitura totalmente conquistada por ele, porque mesmo não sendo o protagonista ele tem força para se tornar tão importante quanto.
O livro se passa em um intervalo de quase dois anos e é incrível acompanhar a relação que eles criam e a forma como um se torna essencial para o outro. Os dois estavam sozinhos antes de se conhecer e precisam muito de um amigo e encontraram o complemento perfeito um no outro. E, nossa, que amizade linda nasce entre os dois, é como se você pudesse sentir o sentimento de amizade verdadeiro e sincero que ligava os dois. E considero essa uma das coisas mais bonitas do livros todo.
Mas logo no começo já dá para perceber aonde o relacionamento dos dois vai parar e, sinceramente, o amor dos dois não poderia ser melhor construído. Toda essa amizade fez com que o leitor sentisse o amor deles algo tão natural, tão forte, que eu estava simplesmente morrendo para ver os dois finalmente juntos. É um romance lindo de verdade.
Outro destaque muito forte do livro é nos pais de ambos os personagens e no relacionamento familiar de cada um. E, sinceramente, eu amei ver tudo isso sendo retratado. Nenhum pai é perfeito, principalmente se estivermos falando dos pais do Ari, mas não tem como não adorar os personagens e achar lindo a relação que eles criam com os filhos. Em alguns momentos senti que as coisas estavam um pouco idealizadas demais, mas mesmo assim adorei ver ideias de família como essas.
A única coisa que eu achei um deslize muito grande foi que o autor não aproveitou muito bem o fato da estória se passar no fim dos anos 80. Por escolher situar a estória nesse tempo ele poderia ter incluído muitas coisas, muitos detalhes interessantes e diferentes. Mas isso não foi aproveitado, na realidade se trocassem as cartas por emails o livro poderia facilmente se passar nos dias de hoje.
Não sei muito bem o que dizer sobre os sentimentos que o livro me passou. Apesar de tratar muito sobre a baixa autoestima do Ari e sua solidão, o que fica no final do livro é um sentimento reconfortante de ter lido uma estória que fala muito sobre amor e amizade. Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo é um livro muito bonito, que traz mensagens lindas e que eu fico muito feliz de finalmente ter lido.
Já com o Dante as coisas são diferentes, com o tempo percebemos que ele está tão perdido quanto o Ari, mas tem personalidade bem diferente. Ele é alegre, comunicativo, apaixonado e apaixonante e é inevitável não se apaixonar por ele. O Dante é pra mim o melhor personagem do livro e terminei a leitura totalmente conquistada por ele, porque mesmo não sendo o protagonista ele tem força para se tornar tão importante quanto.
O livro se passa em um intervalo de quase dois anos e é incrível acompanhar a relação que eles criam e a forma como um se torna essencial para o outro. Os dois estavam sozinhos antes de se conhecer e precisam muito de um amigo e encontraram o complemento perfeito um no outro. E, nossa, que amizade linda nasce entre os dois, é como se você pudesse sentir o sentimento de amizade verdadeiro e sincero que ligava os dois. E considero essa uma das coisas mais bonitas do livros todo.
Mas logo no começo já dá para perceber aonde o relacionamento dos dois vai parar e, sinceramente, o amor dos dois não poderia ser melhor construído. Toda essa amizade fez com que o leitor sentisse o amor deles algo tão natural, tão forte, que eu estava simplesmente morrendo para ver os dois finalmente juntos. É um romance lindo de verdade.
Outro destaque muito forte do livro é nos pais de ambos os personagens e no relacionamento familiar de cada um. E, sinceramente, eu amei ver tudo isso sendo retratado. Nenhum pai é perfeito, principalmente se estivermos falando dos pais do Ari, mas não tem como não adorar os personagens e achar lindo a relação que eles criam com os filhos. Em alguns momentos senti que as coisas estavam um pouco idealizadas demais, mas mesmo assim adorei ver ideias de família como essas.
A única coisa que eu achei um deslize muito grande foi que o autor não aproveitou muito bem o fato da estória se passar no fim dos anos 80. Por escolher situar a estória nesse tempo ele poderia ter incluído muitas coisas, muitos detalhes interessantes e diferentes. Mas isso não foi aproveitado, na realidade se trocassem as cartas por emails o livro poderia facilmente se passar nos dias de hoje.
Não sei muito bem o que dizer sobre os sentimentos que o livro me passou. Apesar de tratar muito sobre a baixa autoestima do Ari e sua solidão, o que fica no final do livro é um sentimento reconfortante de ter lido uma estória que fala muito sobre amor e amizade. Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo é um livro muito bonito, que traz mensagens lindas e que eu fico muito feliz de finalmente ter lido.
Fiquei pensando que poemas são como pessoas. Algumas pessoas você entende de primeira. Outras você simplesmente não entende… e nunca entenderá.
Achava que devia ser ótimo ser o ar. Eu poderia ser alguma coisa e nada ao mesmo tempo. Ser necessário e invisível. Todos precisariam de mim e ninguém conseguiria me ver.
Outro segredo do Universo: às vezes, a dor era como uma tempestade que vinha do nada. A mais clara manhã de verão podia acabar em temporal. Podia acabar em raios e trovões.
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