Resenha: To All The Boys I've Loved Before por Jenny Han

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Sinopse: E se todas as paixões que você teve descobrissem a forma como você se sentiu sobre eles ... tudo de uma vez? Lara Jean Song mantém suas cartas de amor em uma caixa que sua mãe lhe deu. Elas não são cartas de amor que alguém escreveu para ela; estas são aquelas que ela escreveu. Uma para cada menino que ela já amou - cinco ao todo. Quando ela escreve, ela expõe seu coração e sua alma, e diz que todas as coisas que nunca diria na vida real, porque suas cartas são apenas para os seus olhos. Até o dia em que suas cartas secretas são enviadas e, de repente, a vida amorosa de Lara Jean vai de imaginária para fora de controle.
Título: To All The Boys I've Loved Before
Autor(a): Jenny Han
Páginas: 368
Editora: Ainda não publicado no Brasil.
Avaliação: 5/5 + 


Quando eu decidi ler esse livro não estava esperando muita coisa, apenas uma leitura engraçada e fofa. Eu acreditava que To All The Boys I've Loved Before não iria passar de três estrelas, quatro no máximo. Mas adivinhem só, eu estava tão errada! Eu amei completamente essa estória, ela é tão incrível, divertida, fofa e apaixonante! Só sei que estava no meio do livro e estava amando tanto, mas tanto, que daria tudo para que ele não acabasse nunca. Não tem como se cansar de ler a estória criada pela Jenny Han. Se tornou muito mais do que um favorito. 


Lara Jean tem dezesseis anos e é a filha do meio. Margot é a irmã mais velha que, depois da morte da mãe quando elas eram mais novas, assumiu o papel de ser quem cuida das irmãs e da casa, mesmo que o pai delas faça o melhor trabalho possível. Kitty é a irmã mais nova que tem uma maturidade surpreendente para a sua idade e tem o gênio mais forte das três. Juntas elas são as irmãs Song, sempre cuidam uma da outra e fazem tudo isso juntas. Mas agora tudo está prestes a mudar já que Margot vai cursar a faculdade na Escócia. Além da enorme falta que Lara Jean vai sentir da irmã, ela também vai ter que cumprir todos os papéis que antes eram de Margot. 
Mas esse não é de longe o único problema. Lara Jean encontrou, com o tempo, uma forma de dar um fim nas suas paixões. Sempre que gostava de um garoto e queria dar um ponto final na estória ela escrevia uma carta onde colocava todos os seus sentimentos, tudo aquilo que nunca teria coragem de dizer, depois a colocava em um envelope, endereçava e guardava em uma caixa que há muito tempo tinha ganhado de presente de sua mãe. Era uma maneira de lacrar seus sentimentos para que ela e ninguém mais pensasse sobre eles. Mas, um dia, ela descobre que suas cartas foram colocadas no correio e agora Lara Jean precisa lidar com a loucura que sua vida amorosa - que nunca foi real - vai se tornar. 

Acho que a coisa mais importante em um livro desse gênero são os personagens, eles precisam ser cativantes, apaixonantes e reais e em To All The Boys I've Loved Before eles são tudo isso e muito mais. A Lara Jean é uma protagonista interessante, ela não tem nada de extraordinário ou excepcionalmente único, mas ela ganha o leitor exatamente por sua normalidade e veracidade. Ela é um tanto quanto ingênua em alguns aspectos, muito divertida e engraçada o tempo todo e tem todas as neuras e pensamentos característicos de uma adolescente dessa idade. 
Além da Lara Jean, não tem como não falar sobre a Kitty. Ela é simplesmente uma personagem incrível! Uma garota de dez anos que apresenta uma maturidade de pensamentos gigantesca, mas que, ao mesmo tempo, é tão cabeça dura e insistente quanto qualquer criança de nove anos de idade. Não tem como não adorar a personalidade forte dessa menina.
Existe outro personagem que eu não vou citar o nome porque não quero entregar nada para vocês, mas que mesmo assim precisa ter um espaço especial nessa resenha. Eu simplesmente amo como ele não se encaixa em nenhum estereótipo e em como ele conquista aos poucos. Ele é tão divertido, tão genioso e se mostra, como o tempo, totalmente apaixonante. Cada pequena cena em que ele esta se torna incrível por causa desse seu jeito, da sua personalidade e se tornam absolutamente perfeitas. Os diálogos dele com a Lara Jean são incríveis, super naturais e muito engraçados e quando a Kitty entra no meio também se torna simplesmente impagável! As cenas com esse personagens e os diálogos com ele foram as que me proporcionaram as melhores risadas - e que mais me mataram de fofura também. 

Apesar da sinopse só falar sobre as cartas e os conflitos amorosos em que a Lara Jean se mete por causa delas, para mim o grande enfoque da estória é na sua relação familiar. É difícil ver livros jovens adultos com um enfoque tão grande nas relações construídas dentro de casa, especialmente uma relação tão bonita e forte como a dessas três irmãs - e o pai delas também. Logo nos primeiros capítulos você perceber como elas são inseparáveis, como que depois da morte da mãe delas elas se apoiaram uma na outra e colocam as irmãs sempre, sempre em primeiro lugar. É claro que nada é perfeito, elas brigam - principalmente a Kitty e a Lara Jean - e têm suas discordâncias, mas nada abala essa cumplicidade entre elas. Além de ser um dos nortes do livro, esse amor familiar é um dos pontos mais bonitos da estória e eu fiquei muito feliz de ver algo assim ser abordado. 

Mas mesmo que as cartas não sejam o destaque, elas com certeza são importantes. Vocês devem imaginar a confusão que o envio das cartas causaram e sim, foi grande. Mas também não são as situações constrangedoras a melhor e mais importante parte. Foram as cartas que deram um pontapé para que o romance se desenrolasse e isso sim foi incrível. 
A Jenny Han conseguiu me enganar, conseguiu me fazer pensar - e sentir - uma coisa para logo depois mudar a minha cabeça e me mostrar o verdadeiro caminho que a estória estava tomando. E quando eu percebi qual era a intenção dela - coisa que não demorou muito tempo - eu simplesmente não pude aguentar de felicidade. 
Foi lindo, perfeito, divertido e tão, mas tão natural! Amei como a autora construiu tudo aos poucos , como ela fez eles se apaixonarem com tamanha naturalidade e certeza. Sabe quando você acompanha dois personagens se apaixonando e vai, ao mesmo tempo que eles, se apaixonando por eles e pela relação deles? Então, foi exatamente isso que aconteceu. Quando o livro terminou eu estava completamente apaixonada por eles, pelo sentimento que construíram e pela estória como um todo. 

A narrativa da Jenny Han é super simples e contagiante, logo no primeiro capítulo ela conseguiu me conquistar e me envolver pela estória. Se vocês olharam meu Twitter vão ver o meu surto com esse livro por partes: primeiro eu comecei adorando tudo, os personagens e o plano de fundo, depois eu estava surpresa com o quão engraçadas eram algumas partes, depois eu estava simplesmente amanda tudo e depois eu comecei a entrar em depressão porque não queria que o livro acabasse, tipo, nunca. De verdade, vocês já sentiram isso? Eu queria muito continuar lendo e lendo e lendo To All The Boys I've Loved Before para sempre. Se isso não mostra o quanto eu amei completamente essa estória não sei mesmo o que mais posso dizer. 
E então nós chegamos ao final. Ele é super aberto. Faz sentido, é simbólico e te leva a acreditar em um caminho que acredito que todo mundo que leu o livro quer que aconteça, mas não deixa de ser super aberto. Então, depois de fechar o livro, eu estava lá, super deprimida por ter terminado um estória tão boa, triste por não ter um final fofinho com dois certos personagens e olhando o que outras pessoas acharam sobre o livro - todo mundo amou, por sinal - quando, de repente, descubro que vai ter continuação. Vai ter continuação! Eu literalmente saí pulando pela casa. 
O segundo livro vai se chamar PS I Still Love You e vai ser lançado ano que vem e eu não sei se fico com medo ou não depois de ler a sinopse porque com certeza a autora não ia deixar esses dois personagens juntos tão facilmente. A Jenny Han que não se atreva a acabar com todas as nossas esperanças! Apesar de que ela me surpreendeu muito nesse livro e não espero nada menos do que incrível para o próximo. 

To All The Boys I've Loved Before é engraçado, fofo, lindo, maravilhoso, apaixonante e todos os outros bons adjetivos que existem no mundo. Eu realmente não esperava me apaixonar tanto por essa estória e por esses personagens, não esperava que ele se tornasse um dos melhores livros do ano e dos meus maiores favoritos. Para mim ele se iguala a outros como Fangirl e Meant To Be. A Jenny Han me proporcionou uma das leituras mais deliciosas possíveis e eu não vejo a hora de ano que vem que chegar para mim poder reler esse livro e ler o próximo e mergulhar nessa estória maravilhosa de novo. 
Minhas cartas são para quando eu não quero mais estar apaixonada. São para dizer adeus. Porque depois de escrever minha carta, eu não fico mais consumida pelo meu amor que tudo consome. Eu posso comer o meu  cereal e não me perguntar se ele gosta bananas sobre os seus Cheerios também; eu posso e cantar canções de amor e não estar cantando elas para ele. Se o amor é como uma possessão, talvez as minhas cartas são como um exorcismo. Minhas cartas me libertam. 
O jeito que aquilo aconteceu foi como uma estranha espécie de acaso. Um desastre de trem em câmera lenta. Para algo ir tão colossalmente errado tudo deve se cruzar e colidir no exatamente certo, ou, neste caso, errado, momento.
Pertencer a alguém. Eu não sabia, mas agora que penso nisso, parece que isso é tudo o que eu sempre quis. Realmente ser de alguém e ter alguém que me pertence.

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