Livro x Filme: O Lado Bom Da Vida

14:13

Primeiro eu queria pedir desculpas pela demora de quase um mês do post, minha viagem no carnaval enrolou um pouco o meu cronograma das postagens e, além disso, o cinema da minha cidade demorou até essa semana para trazer o filme. Então desculpa pela demora, mas vamos lá.
Eu li e resenhei o livro O Lado Bom Da Vida em janeiro (resenha aqui) e, como vocês já viram, eu adorei o livro, principalmente pela intensidade que o autor passou ao tratar de assuntos delicados através da sua escrita simples e honesta. O Pat é um personagem incrível, mesmo com sua obsessão com a ex mulher e eu estava louca para ver como essa estória seria passada para as telas. E o veredito é que houve mudanças, muitas, algumas para melhor e outras que me decepcionaram, mas apesar de diferente, gostei tanto do filme quanto do livro.


As mudanças mais bruscas foram na relação do Pat com o pai e o estado mental dele. O Pat do filme é muito mais consciente e controlado. No livro ele estava há anos na clínica psiquiátrica, não lembrava do que aconteceu para se separar da esposa e nem o que fez para estar lá, tinha pensamentos e atitudes que lembravam muito uma criança. Já no filme, Pat sabe muito bem o que fez e só passou alguns meses na clínica, não mostra infantilidade e sim só o comportamento bipolar e agressivo, além de que a obsessão pela ex mulher apesar de existir e ser importante, é bem mais leve do que na obra original. Mas o meu maior estranhamento foi na relação do pai com o Pat. No livro o pai dele ignora o filho, não conversa e tem receio até de chegar perto, mas no filme apesar de ter uma dificuldade de aproximação e um receio do pai em relação ao filho, ele se preocupa com Pat, tenta manter um relacionamento e, acima de tudo, ama o filho e deixa isso visível (além de ser muito mais agradável, porque, sério, eu morri de ódio dele no livro). Achei isso estranho porque esse conflito entre pai e filho é um dos grandes pontos tratados no livro e achei que essa foi uma parte um tanto quanto abandonada na adaptação.

Outras mudanças que me incomodaram um pouco, mas não foram tão importantes, foram o irmão de Pat e a função do futebol na reaproximação da família. Jake, o irmão, é um dos meus personagens favoritos do livro, porque ele parece ser um dos poucos que realmente quer reconstruir sua relação com o irmão, se preocupa com ele e o ama, é um personagem sincero, encantador e de uma grande importância pra a recuperação de Pat. Mas no filme eu senti que ele perdeu sua essência e se tornou praticamente dispensável, além de egoísta, enquanto no livro ele é uma peça importantíssima para o amadurecimento do personagem principal e isso foi uma ponto negativo pra mim, já que ninguém gosta de ver seu personagem favorito descaracterizado certo? O futebol americano, que no livro é a ponte de ligação da família, se tornou mais trivial na adaptação onde não se deixa tão claro que aquele amor pelo time de futebol foi a razão para eles se tornarem uma família de novo. 

Agora, um grande ponto positivo foi a adaptação da Tiffany para as telas, eu não gostei dela no livro, achei ela muito confusa e por incrível que pareça, insignificante. Mas no filme a personagem se tornou muito mais interessante, mantendo o ar de estranheza, mas se tornando mais participativa e crível para mim, o que me fez finalmente gostar dela. Grande parte disso foi pela atuação da Jennifer Lawrence  que conseguiu transparecer toda as oscilações da personagem e a profundidade necessária. Fica como destaque também a atuação de Bradley Cooper que fez um Pat perfeito, mostrando muita sinceridade na criação do personagem. 

Apesar das mudanças, que deixaram o filme um tanto quanto mais leve e divertido do que a obra original, o mais importante é que eles manteram a essência da estória e dos personagens e conseguiram passar a mesma mensagem que o filme. Ninguém é perfeito e muito menos segue uma linha de normalidade, mas não importa como você seja, as pessoas que te amam vão te aceitar e sempre vai ter alguém que vai te entender, você não está sozinho.

Recomendo tanto o livro quanto o filme, ambos são tocantes da sua própria forma e merecem a sua chance de marcar a sua vida como marcaram a minha, com uma estória real e sincera, com problemas que a gente não presta muita atenção, mas existem. 
O mundo vai quebrar seu coração dez vezes até domingo, está garantido. E eu não posso explicar isso, ou a loucura que há dentro de mim ou de todo mundo, mas adivinhem? Domingo é o meu dia favorito de novo.

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1 comentários

  1. Oie :)

    Quero muito assistir o filme e ler o livro acho que é o tipo de estória que combina comigo vou ver se compro na minha próxima compra literária , beijos !!

    euvivolendo.blogspot.com ( comenta lá :D )

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