Resenha: Amada Imortal por Cate Tiernan

18:56

Sinopse: Primeiro livro da bem-sucedida trilogia, mistura de fantasia sobre imortais a uma história moderna de uma jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em 1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas habilidades mágicas a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em uma espécie de clínica de reabilitação para os da sua espécie, onde conhece um pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro.
Título: Amada Imortal
Autor(a): Cate Tiernan
Páginas: 279
Editora: Galera
Avaliação: 3,5/5 

Adiei a leitura de Amada Imortal por não ter me interessado muito pela sinopse, mas depois de algumas resenhas positivas resolvi dar uma chance para o livro. Confesso que fugiu completamente de todas as minhas expectativas tanto para o lado bom quanto para o ruim também.


 Natasya é uma imortal de quase 500 anos, mas vive com seus amigos somente curtindo a vida com mais e mais festas, sem se importar com sua magick e com o que ser uma imortal significa. Depois de uma situação que mexe com o seu julgamento de certo e errado ela se lembra de uma mulher que, a muitos anos, a ofereceu ajuda. Na sua busca por encontrá-la, Natasya se vê em uma lugar totalmente inesperado onde vai descobrir muito sobre si mesma e trazer a tona todas as lembranças amargas que a séculos ela se obrigou a esquecer. 

Um dos grandes pontos positivos dessa estória é que apesar de personagem principal aparentar 18 anos, e agir muitas vezes como tal, ela passou por muita coisa o que a torna mais madura e com uma carga de segredos imensa o que é e, provavelmente, vai continuar sendo nos próximos livros explorado no enredo.  Gostei bastante da construção dos personagens, principalmente porque a maioria deles também são imortais, o que faz com que tenham muito material para ser explorado pela autora e faz com que ela seja capaz de dar a eles bastante profundidade.

Mas o enredo é lento, tanto que tive bastante trabalho pra conseguir chegar até a página 280, mais ou menos, onde a estória ficou realmente interessante para mim. O fato é que nesse primeiro livro a autora quis dar mais desta a auto descoberta da Natasya e não teria como fazer isso de outra forma. As cenas de ação são bem poucas e só acontece nas lembranças da personagem, o que são as partes mais instigantes do livro. Acho que toda a estória do passado da Natasya pode render muito ainda para a triologia.

Amada Imortal é um livro pesado, as memórias dos personagens são mais do que tristes, são realmente dolorosas e com cenas fortes, o que dá uma atmosfera bem diferente para a estória. A autora fugiu de tudo que eu conhecia sobre imortais e criou uma mitologia toda própria que não tenta explicar suas origens e não envolve o mimimi de um relacionamento humano com um imortal, o que por sinal eu gostei bastante. 

Porém o final foi bastante decepcionante para mim, esperava uma reviravolta, um gancho para o segndo livro e as resoluções de alguns problemas, mas nada disso aconteceu. Foi bem previsível e abrupto, ficou bem longe, na minha opinião, de ser um final. O livro só jogou vários problemas e não resolveu metade deles, deixando um grande ponto de interrogação sobre qual será o rumo do segundo livro. 

Amada Imortal é um livro que fugiu de tudo que eu já li e se mostrou bem mais instigante do que eu poderia imaginar, porém pecou em muitas partes, mas não posso negar que o final sem explicações me deixou muito curiosa para ler segundo livro. 
A coisa boa de ser imortal é que não dá pra beber até morrer literalmente, como acontece com alguns universitários. A coisa ruim de ser imortal é que não dá pra beber até morrer literalmente, então você acorda na manhã seguinte, ou talvez dois dias depois, e sente tudo o que não precisaria sentir se tivesse tido a sorte de morrer
É por isso que me esforço tanto para entorpecer qualquer emoção. Porque dói.

— Por causa da relativa extensão das nossas vidas, muitas coisas perdem a importância ou se perdem diante de um pano de fundo tão grande — continuou River. — Quantos amantes você já teve? Quantos filhos? Quantos amigos você amou e já morreram? Para as pessoas normais, esses eventos são enormes e modelam ou mudam suas vidas por completo. Para nós, é só um brilho no tempo. Mas essas coisas nos afetam. Uma a uma, pouco a pouco, perda após perda, nós ficamos diminuídos. Perdemos tanto por tanto tempo que a maioria das coisas, a maioria das pessoas, a maioria das experiências perde seu valor para nós, perde o peso. Esquecemos como valorizar as coisas, como sentir as coisas. Esquecemos como amar.

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2 comentários

  1. ahh! Tenho esse livro, mas ainda não li.
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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  2. Imortal para mim foi chato do início ao fim, mas esperava que o final fosse melhor, o que não aconteceu, infelizmente =/

    Andy_MOn Petit Poison

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