Resenha: Príncipe Mecânico por Cassandra Clare

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Sinopse: Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.
Título: Príncipe Mecânico - Série As Peças Infernais 
Autor(a): Cassandra Clare
Páginas: 399
Editora: Galera
Avaliação: 5/5

Contém spoilers do livro Anjo Mecânico
Esse livro quebrou meu coração. A Cassandra já era reconhecida por sua capacidade de fazer reviravoltas, cenas de ação e um enredo repleto de seres de mágicos, porém ela se provou capaz também de criar uma estória densa pela quantidade sufocante de sentimentos. Seu melhor livro, sem nenhuma dúvida. 


Depois dos acontecimentos em Anjo Mecânico, Charlotte está prestes a perder o instituto exceto se conseguir encontrar Mortmain em duas semanas, o que faz com que todos comecem a entrar em uma corrida para encontra-lo e evitar que o instituto vá parar nas mãos de Benedict Lightwood, Ao mesmo tempo Tessa ainda procura resposta sobre o que e quem é além de tentar esquecer Will, o que fica mais fácil com a constante e agradável companhia de Jem. 

Esse é um livro triste, mas não daquele de arranca lágrimas o tempo todo, mas sim aquela tristeza que traz um sentimento de desamparo e que faz com que você queira abraçar e consolar os personagens. Finalmente entendemos Will e descobrimos o seu segredo além de enxergamos com mais clareza o que é realmente ser um parabatai. Acho que a sacada da Cassandra de desenvolver essa relação foi genial, ela explica para nós que muito mais do que um melhor desempenho nas batalhas, é como se suas almas fossem uma só e com isso percebemos o que Will e Jem significam um para e outro e, ainda pior, a dor de Will sabendo que vai perder Jem e a de Jem sabendo o que sua morte vai provocar em Will. Mas vocês acham que a autora ficaria feliz só com isso? Não, ela tinha que torturar a nossa sanidade um pouquinho mais. 

Esse é com certeza o triângulo amoroso mais cruel que eu já vi, tanto para a própria Tessa como também para Will e Jem. Eu simplesmente não sei como passar isso em palavras, é muito mais do que não conseguir escolher por qual deles torcer, o problema é que os meninos são ligados por um sentimento extremamente forte. Uma das cenas finais acho que foi uma das mais tristes que eu tive a oportunidade de ler, foi quando eu finalmente consegui chorar e foi aí que meu coração virou pedacinhos
Além dos personagens já conhecidos, somos apresentados a alguns novos e tivemos a oportunidade de conhecer outros ainda melhor. O grande destaque para mim o Magnus que está mais encantador do que nunca e faz participações vitais para o desenvolver do enredo. 

Esse, ao meu ver, foi o livro com menos cenas de ação da autora, o que para mim não foi um defeito já que o drama emocional mais que compensou. Como sempre as reviravoltas são surpreendentes e a narrativa da Cassandra continua leve e usando do ambiente e da época com maestria. Apesar das cenas tristes, o livro ainda traz o humor característico da autora, com os comentários sarcásticos dos personagens. Uma das cenas finais que faz uma relação muito bem pensada com o livro anterior é uma das cenas mais engraçadas, eu sei quem leu vai saber qual é. 

Acho que eu poderia ficar escrevendo parágrafos e mais parágrafos, mas não iria conseguir explicar o quanto esse livro - e a série - é incrível, como a Cassandra criou personagens tão incríveis e encheu de sentimentos extremamente fortes. Príncipe Mecânico acabou comigo e conseguiu me surpreender, mesmo já tendo começado a leitura com expectativas super altas. Estou contando os dias - e morrendo de medo - para ler Princesa Mecânica e só queria dizer que se você ainda não se convenceu de ler essa série acredite em mim, você precisam se dar a chance de conhecer essa estória maravilhosa.  
Levantou os olhos, arrasado, encontrando o olhar acusatório de Magnus  Ninguém pode viver sem nada - sussurrou - Jem é tudo que tenho.
— Gosto dele  disse —, mesmo que não devesse. No começo achei que ele fosse apenas uma coisinha venenosa e bonita, mas já mudei de ideia. Existe uma alma sobre toda essa bravata. E ele é muito vivo, uma das pessoas mais vivas que já conheci. Quando ele sente alguma coisa, é tão brilhante e afiado quanto um raio.
Por um instante, não sentiu absolutamente nada. E então, como que de longe, se ouviu gritando, e foi como se uma chave tivesse girado em seu coração, libertando as lágrimas, afinal. 

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1 comentários

  1. Cassandra é uma autora má, como ela pode ter feito essas coisas nesse livro?
    Meu coração está aos prantos...rs

    Andy_Mon Petit Poison

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