Resenha: A Escolha por Kiera Cass

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Sinopse: America era a candidata mais improvável da Seleção: se inscreveu por insistência da mãe e aceitou participar da competição só para se afastar de Aspen, um garoto que partira seu coração. Ao conhecer melhor o príncipe, porém, surgiu uma amizade que logo se transformou em algo mais… No entanto, toda vez que Maxon parecia estar certo de que escolheria America, algum obstáculo fazia os dois se afastarem.Um desses obstáculos era Aspen, que passou a ocupar o posto de guarda no palácio e estava decidido a reconquistar a namorada. Em encontros proibidos, ele a reconfortava em meio àquele mundo de luxos e rivalidades. Com essas idas e vindas, America perdeu um pouco de espaço no coração do príncipe, lugar que foi prontamente ocupado por outra concorrente. Para completar, o rei odiava America e a considerava a pior opção para o filho. Assim, tentava sabotar a relação dos dois, inventando mentiras e colocando a garota em prova a todo instante.Agora, para conseguir o que deseja, America precisa cortar os laços com Aspen, conquistar o povo de Illéa e conseguir novos aliados políticos. Mas tudo pode sair do controle quando ela começa a questionar o sistema de castas e a estratégia usada para lidar com os ataques rebeldes.
Título: A Escolha - A Seleção #3
Autor(a): Kiera Cass
Páginas: 352
Editora: Seguinte
Avaliação: 3,5/5 

Eu tenho uma relação de amor e ódio com A Seleção, apesar de ter gostado muito da premissa e do primeiro livro, a leitura de A Elite me fez querer em bater em todos os personagens e sair xingando o livro pela casa. Por isso não sabia bem o que esperar do final da série e posso dizer que A Escolha não surpreendeu exatamente, mas fechou a trilogia de modo satisfatório e bonitinho.


E apesar de tudo, America é uma das quatro finalistas. Não que isso queira dizer muita coisa em sua situação atual, o rei a odeia, Maxon deixou claro que apesar de amá-la, America ainda não tem sua confiança e os rebeldes estão cada vez mais próximos e perigosos. Sendo assim ela precisa descobrir o que realmente sente e lutar por aquilo que quer, seja isso o príncipe, sua liberdade ou um futuro melhor para seu país.

O que eu mais temia era odiar ainda mais os personagens do que fiz no segundo livro e preciso dizer que não mudou muita coisa, principalmente quando estamos falando da America. O que mais me irrita é que ela continua cometendo os mesmo erros e burrices de novo e de novo, o que além de ser agonizante de acompanhar demostra também a falta de criatividade da autora para criar conflitos. Mas, apesar de tudo, confesso que ela está muito melhor nesse livro do que nos outros, ela consegue se mostrar alguém muito mais forte e determinada, o que já é um avanço enorme e válido. 

O Maxon conseguiu se redimir um pouco comigo em A Escolha, ela não deixa de ter defeitos, é verdade, porém não chegou a me tirar do sério como fez anteriormente, tanto que voltei a torcer com ele com toda a força - é mais forte que eu!
Mas a minha grande surpresa foi ter - pasmem - gostado no Aspen nesse livro. Se vocês acompanharam as outras resenhas viram como eu o odiei desde o começo, mas aqui ele age de maneira muito mais louvável e coerente do que nos outros livros. Não que eu tenha caído de amores por ele, mas ele subiu muito mais no meu conceito. 

Acho que o grande ponto de A Escolha é que ele é muito bonitinho e certinho, fazendo do final quase um "felizes para sempre". Não sei ainda se acho essa a pior ou a melhor coisa desse livro, porque apesar de ficar tudo redondinho demais, isso também foi o que fez dele um fim satisfatório. Acontece que desde o começo você vê a Kiera Cass curvando as pontas para que tudo se encaixe perfeitamente no final, fazendo tudo até um pouco previsível demais e fugindo do fator distopia da estória. 

Acho que para quem acompanhou a trilogia até aqui já deve ter percebido que apesar de se denominar uma distopia, isso é o que menos tem destaque em toda a estória, o que fica ainda mais claro aqui. No segundo volume a autora deu esperanças de uma maior exploração desse lado da estória, mas não foi bem o que aconteceu. Apareceram alguns novos fatores e o conflito foi desenvolvido até um certo ponto porém o excesso de tempo gastado com o dilema amoroso da America tirou a possibilidade de um fechamento melhor de todo o problema. No fim o que tivemos um plano de fundo distópico que serviu apenas como enfeite para todo o resto se desenrolar, não acrescentando nada de realmente importante para a estória. 

E a pergunta é, eu gostei do final? Gostei, achei que seguiu o nível dos dois primeiros livros e fez um fechamento satisfatório para a estória da America. O que fica claro com ele, porém, é que a A Seleção é uma trilogia mediana que ficou no muro em querer fazer uma distopia e um romance e acabou falhando de maneira diferentes nos dois, mas que acaba, surpreendentemente, sendo uma boa distração. 
Será que eu estava destinada a falar a coisa errada, a fazer a escolha errada? Por mais que eu quisesse Maxon, nunca seria capaz de me controlar o suficiente para termos uma relação de verdade. Toda essa história me deixava cansada. Era o mesmo problema que me rondava desde que Aspen chegara ao palácio. Eu sofria; dividida, confusa.
Éramos amigos que tinham percebido que não queriam fica longe um do outro. Éramos diferentes em diversos sentidos, mas, ao mesmo tempo, muito parecidos. Não dava para dizer que nossa relação era obra do destino, mas ela parecia mais forte do que qualquer coisa que eu já tinha vivido antes.
Você é boa, America. E ficaria surpresa de saber como isso é raro neste mundo. Não digo que seja perfeita; como já testemunhei seus acessos de raiva, sei que isso está longe de ser verdade! Mas você é bondosa, e sofre quando as coisas não são justas. Você tenta agir assim com seus irmãos às vezes, e não aceita o segundo lugar simplesmente por ser mais jovem. E luta para que May e Gerad fiquem bem quando poderia simplesmente não fazer nada. Você é boa. Suspeito que enxergue o mundo de um jeito que ninguém mais vê, nem mesmo eu.

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