Resenha: Anna e o Beijo Francês por Stephanie Perkins
02:34Sinopse: Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris, já que seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, uma grande amiga e um quase namorado. Mas, ao chegar a Paris, Anna conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito. Só que Etiénne tem uma namorada. Anna e Etiénne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?
Título: Anna e o Beijo Francês
Autor(a): Stephanie Perkins
Páginas: 228
Editora: Novo Conceito
Avaliação: 3,5/5
Vi milhões de elogios desse livro e talvez seja por isso que me decepcionei um pouco com ele, não achei ele tão incrível com como todos falaram. Ele é bom, sim, doce, fofo, divertido, mas não tão incrível assim.
Anna foi mandada pelo pai - que ficou rico quando seus livros que sempre abordam personagens com doenças terminais viraram filmes famosos em Hollywood ( crítica super direta ao Nicholas Sparks ) - para uma escola de americanos em Paris, mas diferentemente do que a maioria, ela odeia isso. Ela odeia ter que deixar a melhor amiga, sua família e o seu - quase - novo namorado em Atlanta. Chegando na escola ela conhece Meredith que apresenta ela a seus amigos, Josh, Rashimi e Étienne St. Clair. Étienne tem origem francesa, mas nasceu nos EUA e cresceu em Londres, ele e Anna se tornam grandes amigos e mesmo que Anna sinta algo muito mais do que amizade por ele, Étienne tem namorada e não parece querer se separar dela.
A história que a autora criou mostra muito bem os conflitos pelos quais muitos adolescentes passam durante essa fase da vida: amizade, traição - e não só em relações amorosas -, independência e problemas familiares. Na verdade fiquei surpresa como o livro dá um destaque as questões familiares dos personagens tanto da Anna como dos outros personagens.
Eu gostei da personagem principal, apesar de se meio tapada algumas vezes e não enxergar certas coisas bem óbvias. Gostei bastante da Meredith, da Rashimi e do Josh, mas tive um pouco de problema com Étienne. Ele é sim um personagem encantador, divertido, fofo e a amizade que ele constrói com a Anna é muito bonita, mas no quesito romântico achei ele mais do confuso, talvez um pouco cafajeste? Me desculpem, mesmo que ele tenha medo de ficar sozinho - principalmente na situação que ele se encontra no momento - e que seja difícil romper um relacionamento longo, mesmo não achando um ano uma coisa tão longa assim, enrolar três ( sim, TRÊS ) do jeito que ele fez me incomodou MUITO. E acabou que eu não sei se gostei ou não dele e se queria que terminassem juntos ou não.
Apesar da narrativa ser em primeira pessoa, ela é cativante, tanto que li em um dia, e a autora consegue expressar bem os sentimentos dos outros personagens também. O enredo ganhou pontos por mesclar tanto o divertido e o fofo com alguns momentos mais dramáticos.
A história se passando em Paris torna o tudo ainda mas encantador, a Stephanie fez da cidade um personagem a parte, como também a paixão de Anna por filmes e cinemas. Acho que esses detalhes, quando bem trabalhados, dão uma cara todo especial ao livro.
Apesar da autora ter traduzido muito bem os dramas e conflitos adolescentes, ele não conseguiu ser tudo aquilo que prometia para mim. Mas não deixa de ser um romance fofo e divertido, ótimo para passar o tempo. Só que não é o melhor.
E nós vamos conversar sobre tudo EXCETO nossos pais... ou talvez nós não vamos falar nada. Nós vamos apenas caminhar. E vamos continuar caminhando até o resto do mundo deixar de existir.
Quantas vezes nossas emoções podem estar presas a mais alguém (serem presas, retorcidas e apertadas) antes de que se rompam? Antes que não possam se reparar mais?
É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar?
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