Resenha: Mentiras por Michael Grant

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Sinopse: Terceiro volume da série best seller do NYT, sobre o estranho sumiço dos adultos mundo afora, o que deixa apenas adolescentes e crianças para desvendar o mistério. Neste volume, sete meses se passaram e as coisas parecem finalmente ter criado alguma ordem no LGAR - se é que podemos chamar de ordem um bando de crianças sozinhas e armadas. Mas estabilidade não parece ser uma opção no LGAR. Coisas cada vez mais estranhas continuam a acontecer e, como se não bastasse, um boato ainda mais estranho, para não dizer assustador, começa a se alastrar. Mas mesmo naquele lugar bizarro não é possível que mortos voltem à vida... é?
Título: Mentiras - Série Gone
Autor(a): Michael Grant
Páginas: 378
Editora: Galera Record
Avaliação: 5/5 

Chega um ponto em que você acha que já leu de tudo e que quase nada vai te chocar, mas aí aparece o Michael Grant. Depois de ler dois livros da série eu achei que já tinha me acostumado com como ele pode ser cruel com os personagens, mas me enganei feio. O autor tem a incrível habilidade de de te surpreender quando você não acha ser mais possível e te deixar em estado de choque durante mais de 300 páginas. 


A situação parecia mais controlada no LGAR, com a fome ainda existindo, mas em escala menor, e a Escuridão   meio que controlada. Mas lá nada fica calmo por muito tempo. Zil e o seu grupo quer morte as aberrações, o conselho - principalmente a Astrid - vem discordando de Sam, um novo boato começa a surgir que o puf não mata, mas na verdade leva de volta e, pior, algumas pessoas andam dizendo ver pessoas que já morreram andando por Praia Perdia. Pessoas como Drake.

Mentiras se tornou o meu livro favorito da série até agora, principalmente por ter de tudo um pouco. Ele não é só de ação como o primeiro e nem tão mais calmo como o segundo, mas um pouco dos dois, Mesmo percebendo que foi o livro que abordou mais profundamente o psicológico dos personagens, ele não foi tão lento quanto Fome. A história continua me deixando completamente chocada, porque não tem como se acostumar a ver crianças fazendo coisas tão cruéis, só que foi o único que me deixou triste também. Não que eu tenha chorado porque eu estada transtornada demais pra isso, mas foi de cortar o coração algumas partes. E posso dizer que por isso o Edílio se tornou meu segundo personagem favorito, atrás somente do Sam(é claro).

O Sam está um tanto quanto transtornado nesse livro, por causa do que Drake fez a ele no livro anterior e por ser contrariado em todas as suas decisões. Mas ele ainda é um personagem tão bem construído, tão real que é impossível não torcer por ele com a mesma paixão de antes. Mas em compensação eu senti uma vontade louca de bater na Astrid, sério. Ela foi hipócrita, injusta, egoísta e com poder subindo a cabeça quase o livro inteiro. Mas espero realmente que ela volte a ser como antes. Fiquei um pouquinho triste com a falta de destaque a personagens super importantes como a Diana, o Caine e o Pequeno Pete. Mas isso não compromete realmente o andamento da estória, já que somos apresentados a novos personagens - até onde vai a criatividade desse cara, Meu Deus! - e damos adeus a outros. 

A narrativa continua alternando de personagem e apesar de algumas pessoas não gostarem muito desse tipo de narração, eu acho que é perfeito para o livro. É extremamente melhor sabermos vários lados na história, por diferentes pontos de vista, e o Michael é tão genial que mesmo quando você acha totalmente sem razão e desnecessário o ponto de vista de um menininho da creche narrar, é claro que no final tinha seu propósito. 

O enredo ainda é recheado de revelações e situações surpreendentes e tem um final tão eletrizante, que eu praticamente devorei as páginas me deixando assustada quando vi que acabou. Preciso do próximo agora mesmo.

Continuo dizendo - ainda mais agora - que essa série não é pra qualquer um. Tem que ter estômago forte - já que o autor não poupa a gente de nenhum detalhe sequer - e estar preparado psicologicamente por tudo que você vai ler ali. Mas se você for assim, por favor, POR FAVOR, leia essa série. Vocês precisam ler essa série tão original, bem escrita, com ótimos personagens e que surpreende a cada página. 
— Sam, chega uma hora em que o mundo não precisa mais de heróis. E então o verdadeiro herói sabe que deve partir.
— Nós estamos no inferno, Astrid — continuou Maria, quase implorando que ela entendesse. — Isso. Isso é o inferno.
E as armas. Armas por toda parte. Facas, que iam desde grandes facas de cozinha enfiadas no cinto até as de caça, com ornamentadas bainhas de couro. Pés de cabra. Pedaços de cano com cabos de fita adesiva e correias. Alguns tinham sido mais criativos ainda. Astrid viu um menino de 7 anos carregando uma perna de mesa, de madeira, à qual havia colado grandes cacos de vidro. E tudo isso havia se tornado normal.                               

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