Resenha: Divergente por Veronica Roth

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Divergente: Nesta versão futurista da cidade de Chicago, a sociedade se divide em cinco facções dedicadas ao cultivo de uma virtude - a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição. Aos dezesseis anos, numa grande cerimônia de iniciação, os jovens são submetidos a um teste de aptidão e devem escolher a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas. Para Beatrice, a difícil decisão é entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é - e não pode ter os dois. Então, faz uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma.
Título: Divergente
Autor(a): Veronica Roth
Páginas: 504
Editora: Rocco
Avaliação: 3,5/5

Foi o maior barulho quando a Rocco anunciou que ia publicar Divergente no Brasil já que lá fora ele era considerado uma das melhores distopias já publicadas, se igualando a Jogos Vorazes. Mas eu resolvi esperar a poeira abaixar para ler e o livro é bom de verdade, mas nem tanto assim.


A história, como diz a sinopse, passa na Chicago do futuro onde agora o povo é dividido em cinco facções: Abnegação, Amizade, Franqueza, Erudição e Audácia, cada uma cultivando o valor que o próprio nome já mostra. Beatrice, ou Tris, nasceu na Abnegação, mas nunca sentiu como se encaixasse na sua facção e é por isso que acaba em dúvida sobre qual escolher.
E mesmo lutando para passar pela inicição dessa sua nova facção ela guarda um segredo, quando fez o teste de aptidão o resultado foi longe de qualquer uma de suas expectativas, ela é uma divergente, ela não só um desses valores, mas uma combinação delse. E ser divergente nesse novo mundo é uma sentença de morte, já que ser divergente é ameaçar o governo que ninguém sabia, mas já estava em clima de guerra.


Eu gostei da Tris, ela é corajosa, impulsiva e intensa, mas o que realmente me agradou nela - e o que eu acho importante em qualquer personagem - é que ela cresceu muito durante o desenvolver do livro. Já o Quatro - sei que é estranho, mas o apelido tem um porque - também me agradou bastante, á que ele foge um pouco do comum que estamos acostumados a ler. Ele não é totalmente cruel e nem totalmente bom, mas ele justo e, assim como a Tris, corajoso e decidido. A química do casal é muito boa e o romance se desenvolve no tempo certo. Mas aqui aparece um dos pontos que me incomodaram na leitura, o casal me lembrou muito Dimitri e Rose de Vampire Academy com toda a relação de ele ser o instrutor dela e mais coisas que não posso falar. O que por um lado me fez gostar deles - já que pra mim Dimitri e Rose são o melhor casal que eu já li - me deu um desconforto de ter  sensação de que eu já vi aquilo em algum lugar.

Os outros personagens, na maioria, também tem personalidades bem definidas e cativam, como a Cristina e o Will. Mas alguns não me convenceram, como Peter que pra mim pareceu muito mais com menino mimado que quer parecer mal do que com o caráter cruel que a autora quis dar a ele.


Mas um dos grandes ponto é o enredo. Ele tem muita ação e tensão, com as cenas de lutas sendo as mais incríveis. Eu amei toda a parte da iniciação, as lutas, a competição, enfim, tudo. Outra parte bem desenvolvida foi o questão política, já que em muitas distopias pecam por não desenvolver bem o que devia ser a prioridade do enredo: o governo explorador e dominante e as pessoas que querem derrubá-lo. Adorei a ideia das facções e, apesar de ficar triste que não vou ver mais as aulas de iniciação e o lugar da facção que Tris escolheu no próximo livro, gostei do impulso que a autora deu para que a "guerra" começasse. Mas outro ponto negativo do enredo foi que, quando comecei a ler o livro parecia que eu estava relendo Delírio, o começo é muito igual a também série distópica de Lauren Oliver. 

A narrativa é gostosa e flui muito bem, autora consegue fazer a gente não conseguir largar o livro até saber o final.


Divergente é o primeiro livro de uma série que tem tudo pra se tornar muito boa, mas, infelizmente, para mim deixou a desejar e não conseguiu ser tão bom como todos comentaram. Mas eu indico sim porque para quem gosta de livros distópicos não pode deixar esse ficar fora da sua estante. A Rocco ainda não têm previsão do lançamento do segundo livro, Insurgent, mas enquanto isso esperamos ansiosamente. 

E então eu percebo o que é. É ele. Algo sobre ele me faz sentir como se eu estivesse prestes a cair. Eu me tornar líquido. Ou explodir em chamas.
Eu nunca fui carregada por aí por um garoto grande, ou gargalhado até que minha barriga doesse na mesa de jantar, ou ouvido o rebuliço de centenas de pessoas ao menos tempo.A paz é contida; isso é livre. 
- Ninguém é perfeito. - sussurro - As coisas não funcionam assim. Quando nos livramos de uma coisa ruim, outra a substitui.

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