Resenha: Dezenove Luas por Margaret Stohl e Kami Garcia

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Sinopse: Emocionante final da saga Beautiful Creatures, que vendeu mais de 100 mil exemplares apenas no Brasil. Nesse novo volume, após ter se sacrificado para restabelecer a Ordem das Coisas e salvar o mundo de um apocalipse iminente, Ethan precisa encontrar uma forma de retornar do mundo dos mortos e reencontrar Lena, seu único e grande amor. Enfrentando velhos inimigos e fazendo aliados improváveis, ele precisa acreditar que o verdadeiro amor conquista tudo. Será?
Título: Dezenove Luas -  Beautiful Creatures #4
Autor(a): Margaret Stohl e Kami Garcia
Páginas: 322
Editora: Galera Record
Avaliação: 5/5

Contém spoilers dos livros anteriores.
Depois do encantamento inicial, de três livros, de muitas surpresas e reviravoltas,  de muitos altos e baixos e de uma adaptação decepcionante, Beautiful Creatures chega ao fim. Não foi fácil dizer adeus e talvez vocês percebam isso com a resenha um tanto quanto emocional, mas o que posso dizer é que Dezenove Luas deu um final lindo e digno a série.


Ethan sacrificou a sua vida para restaurar a Ordem e salvar a vida de todos que ama. Agora ele está no Outro Mundo, preso em uma réplica exata da sua casa e junto da sua mãe, mas mesmo ele conhecendo seu destino e aceitando que está morto, Ethan não consegue deixar Gatlin e principalmente Lena para trás. Depois de descobrir que talvez não era para ele ter morrido e que talvez haja uma forma de desfazer sua morte, Ethan vai se aventurar pelo Outro Mundo e enfrentar novos inimigos para conseguir voltar para casa.

Depois  do final desesperador de Dezoito Luas eu não sabia muito bem o que esperar, mas assim que comecei a leitura fui, novamente, conquistada por esse mundo incrível dos Conjuradores. Para mim, o maior mérito da série é a mitologia e o mundo criado pela Margaret Stohl e Kami Garcia. É incrível como a magia salta das páginas e envolve o leitor, como tudo é original, surpreendente e único. Um grande exemplo é a própria Gatlin, já que desde o primeiro livro a cidade se tornou muito mais do que o local em que tudo acontece, virando quase um personagem com todas suas peculiaridades. Mesmo depois de três livros, eu ainda fui pega de surpresa e fiquei fascinada com tudo que existe no Outro Mundo criado pelas autoras. 

Desde o livro anterior que o Ethan de fato se tornou o protagonista da sua estória e aqui isso fica ainda mais evidente. Mesmo tendo um pouco de cada personagem, o Ethan rouba toda a nossa atenção com a sua força, determinação e amor incondicional para com aqueles que ama, principalmente, é claro, a Lena. Durante toda a série o personagem sofreu demais, perdeu muita gente e sacrificou muitas coisas (até a sua própria vida) e fica impossível não sentir pena por ele e ao mesmo admiração pela força que ele adquiriu com tudo isso. Nessa sua jornada para voltar pra casa ele enfrenta tudo de frente e não desiste nunca, ele se tornou o herói de sua própria estória, um mortal que se destacou muito mais do que todos Conjuradores e Incubus que conhecemos. 

Sei que muita gente, como eu, acha todo o amor do Ethan e da Lena um pouco demais, até um pouco irreal, mas com o passar dos livros eu acabei considerando esse relacionamento absurdo parte intrínseca de toda a estória de Beautiful Creatures e parei de me incomodar tanto com isso. Em Dezenove Luas isso não incomoda tanto quanto nos outros livros e, sinceramente, essa intensidade de sentimentos entre os dois foi um elemento essencial para que o Ethan seguisse seu caminho. 

Umas das coisas mais legais do livro é que as autoras fizeram vários paralelos com momentos importantes dos outros volumes, cenas que marcaram os leitores e que foram cruciais para o desenvolvimento da estória dos personagens. A vida do Ethan mudou de forma radical durante os seus últimos quatro anos e nós fazemos meio que uma retrospectiva de tudo isso de uma forma muito subentendida e interessante de se acompanhar. 

A narrativa desse último livro está deliciosa, a partir do momento em que você começa a ler os primeiros parágrafos é simplesmente impossível de parar até chegar ao final. Mesmo tentando enrolar para que não acabasse tão cedo, eu li o livro todo em um dia. 

As autoras fecharam muito bem a sua estória, não deixaram nenhuma ponta solta e nenhum ponto sem explicação. Todos os personagens que um dia foram importantes e/ou marcantes são lembrados, mostrados e recebem um final. Nem todos esses finais são os que esperamos que seriam e nem todos são bons, mas nenhum é esquecido ou deixado de lado. Sem dúvida foi difícil dizer adeus para personagens como Macon, Link, Amma, Ridley, Liv, Marian e, claro, Lena e Ethan. Mas mais difícil ainda foi aceitar o final. 

Beautiful Creatures não é uma série que idealiza situações, as autoras são tão cruéis com seus personagens como a vida é muitas vezes cruel conosco e isso não muda nesse seu capítulo final. Acho que até agora eu estou em choque com o que aconteceu, nem por um segundo eu imaginei que aquilo iria acontecer. Olhando para trás faz todo o sentido, mas é impossível olhar para esse acontecimento de forma não emocional. Eu chorei, e muito. Esperei por alguma solução para aquilo, uma reviravolta que não veio e depois de tudo eu só queria abraçar o Ethan e todos os outros personagens e dizer que ficaria tudo bem, que finalmente tudo ficaria bem.

Dezenove Luas traz um lindo final para a série. Mais voltado para o lado emocional dos personagens, o livro fala sobre perda, dor e sacrifício, mas também sobre determinação, amor, fé, esperança, força, amizade e família. Tudo isso com toques magníficos dessa mitologia tão única que só Beautiful Creatures tem. Foi difícil dizer adeus para Gatlin, com todos os seus personagens, segredos e poderes, mas ficou infinitamente mais fácil tendo um fechamento tão incrível quanto esse. 
Eu nunca tinha estado sozinho. Nem por um minuto. Eu posso ter sido um Obstinado, mas meu caminho estava cheio de pessoas que me amavam. Elas eram o único caminho que eu conhecia.
Eu acho que é sobre isso a jornada de um herói. Você pode não começar como um herói, e você pode até não terminar desse jeito. Mas você mudou, o que é o mesmo quando tudo muda. A jornada transforma você, você sabendo ou não e você querendo ou não.
Tem um ponto. Eu não sei qual é, mas tudo o que tinha, e tudo o que tinha perdido, e tudo o que eu senti – significou alguma coisa. Talvez não haja um significado para a vida. Talvez só se tenha o significado de viver. Foi isso que eu aprendi. É isso o que eu vou fazer daqui pra frente. Viver. E amar, piegas como soa.

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2 comentários

  1. Ai, nem me fale desse livro!!!!! Estou só esperando o meu chegar aqui casa para eu poder ler logo. Tô achando que também vou chorar muito, e ainda bem que o final da série é bom, porque eu estou me decepcionando um pouco com o jeito que os autores terminam as séries...

    Beijos
    Fernando Reads

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  2. Gente ñ aguento mais sofre por personagens de livros e cinema,a vida ja é cruel.
    To dando uma parada na alegria e ñ sei se vou voltar.aff

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