Resenha: Perdida por Carina Rissi

18:13

Sinopse: Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos…
Título: Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo 
Autor(a): Carina Rissi
Páginas: 472
Editora: Baraúna
Avaliação: 4/5

Eu amo romances históricos, e imagina isso misturado com viagem no tempo e carinha de chick lit. Agora acrescenta nisso boa escrita, uma pitada de humor e um mocinho de tirar o fôlego, preciso dizer mais alguma coisa? Me apaixonei pela história e fiquei muito feliz por termos mais um ótima autora nacional começando tão bem. 


Sofia tem uma vida mediana, tem um trabalho ruim, só pode contar com a amiga Nina - já que seus pais morreram em acidente quando ela era mais jovem - e nunca conheceu o amor de verdade. Quando ela sem querer acaba derrubando o celular dentro da privada ela vai urgentemente atrás de outro. Na loja ela pede a atendente - como uma viciada em tecnologia que todos nós somos atualmente - um celular completo, com todos os apetrechos possíveis, e a vendedora disse que tinha o celular perfeito para ela. Só que quando Sofia foi ligá-lo, ela foi parar em 1830, perdida ela encontrou ajuda em jovem que passava em um cavalo e aí sua busca pelo o porque aquilo acontecido com ela e como voltar começa. 

Uma das coisas que mais me chamou atenção foi como a autora trabalhou bem a questão da época e a estranheza tanto da Sofia como das pessoas daquele tempo em relação aos costumes diferentes. Além de caracterizar muito bem a época - o que mostra que ela fez muita pesquisa - as cenas em que a Sofia entendia o que tinha e o que não tinha foram com certeza as que renderam os melhores momentos. Destaque para quando ela descobriu que não existia banheiro e ela foi conhecer a casinha, me arrancou muitas risadas. 

Eu gostei muito da Sofia, é claro que ela tem seus defeitos, mas é isso que torna a pessoa mais real e crível. Mas foi o Ian que ganhou meu coração. Ele é verdadeiro cavalheiro, é intenso, gentil, altruísta, responsável, encantador, apaixonado... e eu acho que vocês já entenderam. Ele me lembrou muito o Jesse da Mediadora -quem leu a série acho que pode entender o porquê - e entrou para minha lista de melhores personagens masculinos. E nossa, que química existe entre ele e a Sofia! Vocês sabem que eu sou louca por casais que me deixam com frio na barriga e esse foi com certeza um desses casos. Pode se dizer que o romance é a parte principal do livro, mas ele merece já que é apaixonante, intenso e que me fizesse torcer com todas as minhas forças para que eles terminassem juntos. 
Mas além deles nenhum personagem decepciona, todos são muito bem construídos e tem ações coerentes com a época em que vivem.

Para um primeiro livro a escrita da Carina me surpreendeu, ela sabe fazer uma narração que flui e que expressa muito bem os sentimentos de cada personagem, apesar de ser narrado em primeira pessoa. E preciso dizer mais uma vez que ainda estou chocada com quão bem ela caracterizou o século XIX! E como eu chorei nos capítulos antes do final, não posso ver os personagens que gosto sofrendo, eu choto muuuuito fácil.

Só que fiquem atentos, esse livro não é YA, são personagens adultos e contém cenas de sexo um pouco mais detalhadas que nos livros para jovens, mas nada que chegue perto do erótico.

Mas teve duas coisas que me incomodaram, primeiro a autora se esforçou pra que percebêssemos que ela era uma viciada em tecnologia, mas isso foi a coisa que ela menos deixou transparecer que sentiu falta, o banheiro e o condicionador ganharam de disparada. E em segundo eu achei a atitude da Nina meio estranha, bem, se fosse minha melhor amiga eu não ia ficar tão bem quanto ela ficou e nem quanto a Sofia ficou. Não gostei dessa parte, acho que a autora correu demais com isso.

Resumindo, como é bom ler um bom livro! E Perdida tem tudo de bom, um romance maravilhoso, mistério, personagem incríveis e uma ótima narrativa. Amei demais e ainda mais por ser brasileiro, com certeza vou ler mais coisas da autora. Indico para quem gosta de romances históricos e não se importe de se envolver na história, rir, chorar e se apaixonar pelo Ian. 
Ian sorriu. Além de lhe cair bem, o sorriso vinha facilmente aos seus lábios. Gostei disso. Gostava de pessoas bem humoradas que sorriam mais do que faziam caretas.
Era como se cada célula do meu ser quisesse se grudar a Ian, como se ele fosse um magneto superpotente usando sua força em carga máxima e eu fosse revestida de metal. Impossível de escapar ou resistir.
Ele tinha razão. Existia o “nós”, eu não sabia dizer desde quando, mas existia. E era forte!

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2 comentários

  1. Muito legal esse livro!!!A Carina escreve super bem, ri demais com as maluquices de Sofia no século XIX.Ansiosa para ler a continuação...

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  2. Livro perfeito, mas a continuação, não sei, acho que esperei muita coisa dela.

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